quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Cinemascópio: Ciclo O Amor, esse Desconhecido - Próxima 6ªf, 02 Janeiro: O Véu Pintado, de John Curran


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos
Ciclo O Amor, esse Desconhecido

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 02 DEZEMBRO.2008 - 21H45

A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural

Rua de Morgado de Mateus, nº41
4000-334 Porto
(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE


O Véu Pintado
The Painted Viel

Realizador: John Curran
Com: Edward Norton, Naomi Watts, Liev Schreiber, Toby Jones, Anthony Wong Chau-Sang, Diana Rigg

Duração: 125 minutos, COR
Classificação: M/12
Género: Drama
País de Origem: EUA
Ano: 2006

SINOPSE

"O Véu Pintado" é uma história de amor passada nos anos 20, que nos conta a história de um jovem casal britânico: Walter, um médico da classe média, e Kitty, uma mulher da alta sociedade. Casam pelas razões erradas e mudam-se para Xangai, onde ela se apaixona por um outro homem. Quando Walter descobre a traição, aceita, num acto de vingança, um lugar numa aldeia remota da China, devastada por uma mortífera epidemia, e leva-a consigo para a castigar. Mas essa viagem acaba por se tornar libertadora. Baseado no romance clássico de Somerset Maugham, o filme é protagonizado por Edward Norton e Naomi Watts."

PUBLICO.PT

http://cinecartaz.publico.pt/filme.asp?id=161757

“O mais recente filme de John Curran (“We Don`t Live Here Anymore”) começa por nos tirar a respiração com uma paisagem luxuriante, onde um homem e uma mulher se encontram tão distantes um do outro que até os seus silêncios parecem degladiar-se.
Walter Fane (Edward Norton) é um bacteriologista que se apaixona por Kitty (Naomi Watts), uma menina de boas famílias de Londres. O seu apressado casamento deve-se, por um lado, à vontade de Kitty escapar aos julgamentos sociais, em especial aos da sua própria mãe, e, por outro, ao facto de Walter desenvolver o seu trabalho em Xangai. Entre o silêncio da sua vida marital e o tédio social de Xangai, Kitty envolve-se numa relação adúltera com o vice-consul Charles Townsend (Liev Schreiber, companheiro de Naomi Watts na vida real). Quando Walter descobre a traição, a sua frieza faz com que Kitty o culpe de não agir como “um homem a sério”. Mas Walter é bem menos ingénuo que isso, e, como represália, decide mudar-se com Kitty para a remota aldeia de Mei-tan-fu, colocando as vidas de ambos em risco no meio de um surto de cólera. As condições físicas extremas em que se irão encontrar, às quais se acrescentam os tumultos sociais da China dos anos 20, serão o caminho para resolverem as suas emoções.
É neste período de descoberta que se centra “The Painted Veil”, argumento adaptado por Ron Nyswaner do romance de 1925 de W. Somerset Maugham (em 1934, o realizador Richard Boleslawski levou este mesmo livro ao grande ecrã com Greta Garbo e em 1957 foi a vez Ronald Neame fez uma adaptação sob o título “Seventh Sin”). Os eventos históricos que circundam este drama, como o movimento nacionalista de Chiang Kai-shek, são menosprezados a favor das lutas íntimas que os protagonistas disputam entre si, motivados por um egoísmo que reflecte o da própria cultura colonialista. Mas a grande batalha é feita consigo mesmos, dois indíviduos moralmente divididos entre o amor e o dever. Walter é um profissional dedicado, um tímido apaixonado, um marido rancoroso e um homem orgulhoso, que não se perdoa a si mesmo por amar uma mulher superficial. Kitty é mimada, sensual, frágil e corajosa, mas o seu caminho passar por aprender o seu valor como indivíduo num contexto mais alargado que o do seu pequeno mundo.
À frente deste épico emocional estão dois grandes actores (e, neste caso, também produtores), em duas excelentes, subtis e complexas interpretações. Nos secundários, o apoio vem de um Toby Jones de quem ainda não consigo descolar por completo a personagem de Capote, no papel do único vizinho dos Fanes; Anthony Wong Chau-Sang como o duro General Yu; e Diana Rigg (sim, a Emma Peel dos “Vingadores”) como Madre Superiora.
John Curran controla o melodrama, evitando emoções exageradas e mostrando um enorme respeito pelos silêncios (decorados pela fotografia de Stuart Dryburgh). Talvez seja nesse compasso que a gestão temporal se confunde: há uma sensação de que o tempo da acção é bastante mais alargado do que aquele que efectivamente decorre.
É demasiado simples responder que se ama o outro pelas suas qualidades. Afinal de contas os defeitos fazem tanto parte de uma pessoa como as suas virtudes. Talvez não se ame sequer o que se vê, mas sim exactamente aquele invisível que não se espera e, por isso mesmo, não se frustra. “

Rita Almeida
Http://cinerama.blogs.sapo.pt/



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Apoio: A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural

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Próxima sessão, dia 09 Janeiro 08: Uma História Japonesa de Amor, de Sue Brooks


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domingo, 28 de dezembro de 2008

Cinemascópio: Novo Ciclo Temático já na próxima 6ª feira – O Amor esse Desconhecido





Caros Amigos,

Na próxima 6ª feira, dia 2 de Janeiro, o Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos inicia um novo Ciclo, O Amor, esse Desconhecido.

Será então esta a programação para o mês de Janeiro de 2009:

Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

O Amor, esse Desconhecido

1º - O Véu Pintado, de John Curran (02/01)

2º - Uma História Japonesa de Amor, de Sue Brooks (09/01)

3º- Uma Outra Mulher, de Woody Allen (16/01)

4º- Adeus, Minha Concubina, de Kaige Chen (23/01)


Esperamos por vós n'

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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Cinemascópio: Ciclo Terra do Nunca – Hoje, 6ªf: Labirinto, de Jim Henson




Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Terra do Nunca



SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 26 DEZEMBRO.2008 - 21H45



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Rua de Morgado de Mateus, nº41

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Labirinto

Labyrinth



Realizador: Jim Henson

Com: David Bowie, Jennifer Connelly, Toby Froud, Shelley Thompson, Christopher Malcolm, Natalie Finland, Shari Weiser, Frank Oz.
Vozes de: Brian Henson, Ron Mueck, Rob Mills, Dave Goelz, David Alan Barclay, David Shaughnessy, Karen Prell, Timothy Bateson.



Duração:
97 minutos, COR

Classificação: M/12

Género:
Fantasia

País de Origem:
EUA

Ano: 1986

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Próxima sessão, dia 02 Janeiro 08: O Véu Pintado, de John Curran



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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Cinemascópio: Ciclo Terra do Nunca - Próxima 6ªf, 26 Dezembro: Labirinto, de Jim Henson


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Terra do Nunca


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 26 DEZEMBRO.2008 - 21H45



A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural


Rua de Morgado de Mateus, nº41

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Labirinto

Labyrinth


Realizador:
Jim Henson

Com: David Bowie, Jennifer Connelly, Toby Froud, Shelley Thompson, Christopher Malcolm, Natalie Finland, Shari Weiser, Frank Oz.
Vozes de: Brian Henson, Ron Mueck, Rob Mills, Dave Goelz, David Alan Barclay, David Shaughnessy, Karen Prell, Timothy Bateson.



Duração:
97 minutos, COR

Classificação: M/6

Género: Fantasia

País de Origem: EUA

Ano: 1986



SINOPSE

" Tomar conta do seu meio-irmão bebé Toby numa noite de fim-de-semana não é bem a melhor diversão para a jovem Sarah (Connelly). Frustrada com o choro dele, Sarah secretamente imagina que os Duendes do seu livro preferido, LABYRINTH, levam Toby consigo. Quando a sua fantasia se torna real, Sarah, preocupada, tem de mergulhar num labirinto de ilusões para trazer Toby de volta de um reino habitado por criaturas místicas e governado pelo malvado Rei dos Duendes (Bowie)."

http://www.dvdpt.com/l/labyrinth_edicao_especial_de_aniversario.php



"DE CULTO



Vi Labirinto em 1986 no cinema Império, em Lisboa, cinema lendário onde vi alguns dos mais marcantes filmes da minha vida (sim, também lá vi A Guerra das Estrelas e O Império Contra-Ataca!). Foi o último filme que me lembro de ter ido ver ao Império, uma sala de cinema absolutamente fabulosa que, não muito tempo depois, seria comprada pela sinistra Igreja Universal do Reino de Deus. Ainda hoje fico enfurecido por ver aquele edifício imponente nas mãos de tão duvidosa empresa. Um desperdício vergonhoso.

Também por ter sido o último filme que vi no Império, Labirinto tornou-se num genuíno filme de culto para mim. Por isso, e por ser obra saída de um daqueles conjuntos de ídolos de cabeceira que, à partida, parecem nada ter a ver uns com os outros, mas que, surpreendentemente, conseguiram afinar as suas sensibilidades e criar algo de espantoso. Quem diria que um filme realizado pelo criador dos Marretas, Jim Henson; produzido pelo criador da Guerra das Estrelas, George Lucas; escrito por um dos elementos dos Monty Python, Terry Jones; e interpretado (e musicado) por David Bowie, iria funcionar tão bem?

Mas funciona. Fazendo jus ao talento de todos os envolvidos, é uma fantasia musical cómica com bonecos e gente, subvertendo com um misto de irreverência Monty Python e genuíno gosto por contos de fadas, os clichés do género, e revelando às massas o talento da então muito nova Jennifer Connelly (que, tendo ela na altura 15 aninhos e eu também, rapidamente se tornou numa sex symbol aqui do jovem, com quem eu estaria disposto a perder-me em quaisquer labirintos que ela quisesse).

A história envolve uma jovem em busca do irmão raptado pelo Rei dos Duendes através de um labirinto surreal que lembra Alice no País das Maravilhas cruzada com Monty Python e o Cálice Sagrado. Se a rapariga não encontrar o fim do labirinto num tempo limite, o pequeno Toby será transformado num dos duendes daquele bizarro universo. Mas esta saga acaba por ser um pretexto para o vilão atrair a irmã de Toby, Sarah, por quem está apaixonado...

É claramente uma aventura pré-politicamente correcto: hoje em dia seria olhado de lado, um filme juvenil em que um homem de quarenta e tal anos (Bowie, na altura, fazendo o papel do Rei dos Duendes) se perde de amores por uma jovem de 15. No entanto, Labirinto lida com o assunto de uma forma tão inteligente, sensível e - como não podia deixar de ser numa obra escrita por Terry Jones - tão cómica que é impossível olhar a fita com desconfiança. É um divertimento sublime e - embaraço dos embaraços - eu sei algumas deixas de cor. Sou um geek, que diabo.

(…)
Os filhos dos 80s irão regalar-se com isto e possivelmente tentar convencer os seus filhos com a magia de Henson, Lucas, Jones e Bowie; os filhos dos 90s poderão achar que a música está datada, mas acredito que assim que se deixarem embrenhar naquele universo não quererão outra coisa. (…) Notem também o dedinho do Terry Jones, recuperando um insulto que poderia fazer parte de Monty Python e o Cálice Sagrado, quando uma das criaturas minúsculas do labirinto exclama a Jennifer Connelly, "your mother is a friggin' aardvark!" "

Nuno Markl, Blog Há vida em Markl

http://havidaemmarkl.blogs.sapo.pt/207200.html



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domingo, 14 de dezembro de 2008

Cinemascópio: Ciclo Terra do Nunca - Próxima 6ªf, 19 Dezembro: Liam, de Stephen Frears


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Terra do Nunca


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 19 DEZEMBRO.2008 - 21H45



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Rua de Morgado de Mateus, nº41

4000-334 Porto


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Liam

Liam


Realizador: Stephen Frears

Com: Ian Hart, Claire Hackett, Anthony Borrows, David Hart, Megan Burns, Anne Reid, Russell Dixon, Julia Deakin, Andrew Schofield, Bernadette Shortt, David Carey, David Knopov, Jane Gurnett, Gema Loveday, Martin Hancock, Sylvia Gatril, Chris Darwin, James Foy, Arnold Brown, Billy Moocho, Stephen Walters, Bryan Reagan, Sean Styles, Sean McKee, George Maudsley.

Duração: 88 minutos, COR

Classificação: M/12

Género: Drama

País de Origem: Alemanha / Reino Unido / EUA

Ano:2000



SINOPSE

" Em Liverpool, nos anos 30, Liam cresce no bairro católico irlandês. Tem sete anos, é o mais novo da família. Os irmãos mais velhos, Con e Teresa, já trabalham e participam nas despesas da casa. Entre uma mãe afectuosa e um pai responsável, a família está feliz apesar da falta de dinheiro, até o dia em que a crise os atinge irremediavelmente e o pai de Liam perde o emprego. Sem recursos, amargo mas determinado em encontrar uma solução, seja ela qual for, deixa-se seduzir progressivamente pelos movimentos fascistas locais.
E de repente o tempo perde à sua linearidade. Ontem, hoje, amanhã, talvez "ainda"...
Como os seus irmãos, Liam recebe uma educação religiosa e a relação com a religião marca o compasso da vida da comunidade a que pertence e é através desse filtro que ele se relaciona com o mundo que o rodeia, com os mistérios da vida.
O filme é, então, o olhar de uma criança sobre a pobreza do seu bairro e da sua família, durante a grande depressão dos anos 1930. É uma visão rica e humana, com o humor necessário para a sobrevivência."

http://www.atalantafilmes.pt/novosite/ficha.asp?FilmeID=822


"O "Puto"

A carreira do britânico Stephen Frears tem sido dividida entre o seu país natal e os Estados Unidos. A multiplicidade de géneros abordados é também uma característica do trabalho do cineasta, que já "saltou" por situações tão díspares como a comédia ("Alta Fidelidade" e "O Herói Acidental"), o drama histórico ("Ligações Perigosas"), o filme de terror ("Mary Reilly"), o universo dos pequenos golpistas ("The Griffters / Anatomia do Golpe"), o western contemporâneo ("The Hi-Lo Country / Terra Perdida") ou a realidade da classe operária das Ilhas Britânicas ("A Minha Bela Lavandaria", "O Puto", "A Carrinha" ou este "Liam").

Esta última situação é apanágio das obras que dirige na Europa, onde regressa regularmente, apesar de nos Estados Unidos ser um realizador com uma boa aceitação e um trabalho em continuidade. Na Grã-Bretanha, Frears assina obras mais pessoais, com uma produção menos dispendiosa e de filiação no "realismo social" praticado por cineastas como Mike Leigh ou Ken Loach, de quem é contemporâneo.

"Liam" é um filme típico da "faceta britânica" de Stephen Frears. A diferença é a época em que decorre a acção, a década de 1930. O local é o bairro irlandês de Liverpool. O foco é numa família normal - pai, mãe e três filhos -, cuja fonte de rendimento são os estaleiros locais, onde o pai (Ian Hart, o único actor de algum renome do elenco) trabalha. Quando estes são afectados pela "Grande Depressão", o pai perde o emprego e a situação da família complica-se. Daqui até se deixar fascinar pelos motivos fascistas emergentes à época é um pequeno passo.

Stephen Frears conta esta realidade através dos olhos de Liam (Anthony Borrows), o filho mais novo, com apenas sete anos. Pela sua perspectiva passam fenómenos como o desemprego, o nascimento das ideologias totalitaristas, as complicadas relações familiares ou os excessos e hipocrisias do catolicismo - note-se a relação entre a criança e o padre e a professora e o modo como o cineasta ironiza com a falta de tacto provocada pelo fervor religioso. Registe-se o cariz autobiográfico da narrativa, baseada no livro "The Back Crack Boy", de Joseph McKeown.
Originalmente realizado para exibição televisiva, com o apoio da BBC, "Liam" surpreendeu ao merecer a nomeação para a Competição Oficial do Festival de Veneza, em 2000. Aqui mereceu recepção crítica bastante positiva e dois galardões: o da OCIC (Organização Católica Internacional de Cinema) e o Prémio Marcello Mastroianni para a jovem actriz Megan Burns.

"Liam" não se ressente da sua origem televisiva e da notória escassez de meios. Stephen Frears socorre-se de um elenco praticamente desconhecido mas competente, onde se destaca o "puto" Anthony Borrows, e assina um filme simples e honesto, capaz de emocionar o espectador.
3/5 "

JP

www.netparque.pt

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Próxima sessão, dia 26 Dezembro 08: Labirinto, de Jim Henson





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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Cinemascópio: Ciclo Terra do Nunca – Amanhã, 6ªf: A Cidade das Crianças Perdidas, de Jeunet & Caro



Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Terra do Nunca


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 12 DEZEMBRO.2008 - 21H45



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A Cidade das Crianças Perdidas

La Cité des Enfants Perdus


Realizadores: Jean-Pierre Jeunet & Marc Caro

Com: Ron Perlman, Daniel Emilfork, Judith Vittet, Dominique Pinon, Jean-Claude Dreyfus, Geneviève Brunet, Odile Mallet, Mireille Mossé, Serge Merlin, Rufus, Ticky Holgado, Jean-Louis Trintignant, Joseph Lucien

Duração: 112 minutos, COR

Classificação: M/12

Género: Fantasia, Drama, Comédia

País de Origem: França/Espanha/Alemanha

Ano:1995



SINOPSE

" O maléfico Krank e os seus companheiros foram criados por um cientista louco. O problema de Krank é que ele vive atormentado pela sua incapacidade de sonhar. Acha então que o melhor é roubar os sonhos das crianças, mas como as assusta acaba por lhes tirar os pesadelos. Quando o irmãozinho de um homem-forte do circo é raptado, este (One) persegue-o e com a ajuda de outras excêntricas personagens, tenta acabar com o reinado do malvado Kronk e o seu exército de ciclopes."

http://www.dvdpt.com/a/a_cidade_das_criancas_perdidas.php


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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Cinemascópio: Ciclo Terra do Nunca - Próxima 6ªf, 12 Dezembro: A Cidade das Crianças Perdidas, de Jeunet & Caro


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Terra do Nunca


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 12 DEZEMBRO.2008 - 21H45



A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural

Rua de Morgado de Mateus, nº41

4000-334 Porto

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A Cidade das Crianças Perdidas

La Cité des Enfants Perdus


Realizadores:
Jean-Pierre Jeunet & Marc Caro

Com: Ron Perlman, Daniel Emilfork, Judith Vittet, Dominique Pinon, Jean-Claude Dreyfus, Geneviève Brunet, Odile Mallet, Mireille Mossé, Serge Merlin, Rufus, Ticky Holgado, Jean-Louis Trintignant, Joseph Lucien

Duração: 112 minutos, COR

Classificação: M/12

Género: Fantasia, Drama, Comédia

País de Origem: França/Espanha/Alemanha

Ano:1995



SINOPSE

" O maléfico Krank e os seus companheiros foram criados por um cientista louco. O problema de Krank é que ele vive atormentado pela sua incapacidade de sonhar. Acha então que o melhor é roubar os sonhos das crianças, mas como as assusta acaba por lhes tirar os pesadelos. Quando o irmãozinho de um homem-forte do circo é raptado, este (One) persegue-o e com a ajuda de outras excêntricas personagens, tenta acabar com o reinado do malvado Kronk e o seu exército de ciclopes."

http://www.dvdpt.com/a/a_cidade_das_criancas_perdidas.php



" (…) A Cidade das Crianças Perdidas» (como soa bem um título em português fiel ao original) segue o sucesso da dupla Jeunet e Caro, depois de «Delicatessen» (1991). Caro ocupa-se do design artístico dos filmes e Jeunet dedica-se à "mise en scene". O argumento é partilhado por ambos com Guillaume Laurent e Gilles Adrien. É pena que esta parelha se tenha dissolvido antes de «Alien: Ressurection» (1997) de Jeunet (apesar da colaboração na parte visual de Caro): é uma grande perda para o cinema de "fantasia" europeu e para todos os seus apreciadores, já que Caro e Jeunet assinaram duas das mais importantes obras do género nos anos 90 e não parecem ter deixado seguidores.

O design visual e a fotografia desta obra são os elementos que mais se destacam e que mais perduram na memória do espectador, e estão na base dos maiores elogios e das mais frequentes críticas. Aqui alega-se que o filme se queda pela parte formal, falhando na construção de uma história e no desenvolvimento de personagens. Mas «La Cité des Enfants Perdus» é uma fábula, um conto de fadas, de onde não se pode esperar uma grande complexidade narrativa. No entanto, o crítico Roger Ebert confessa não ter percebido o filme, e ter resumido a sinopse a partir do dossier para a imprensa. A razão porque citamos Ebert com alguma frequência é o certo fascínio que existe em comparar uma visão norte-americana de produtos de uma cultura diferente. Impressionado com a parte visual, o referido crítico diz que os hippies que se introduziam nas salas de cinema apenas para ver a parte final de «2001: Odisseia no Espaço» (1968), voltariam a dizer "far out", perante a experiência cinematográfica providenciada pelo filme francês.

O tom de fábula moderna não resulta numa história tão simplista como se poderia ter sugerido, e os personagens não são propriamente ocos. É certo que facilmente se separam os bons dos maus, e o criador da "maldade" procura auto-punir-se e corrigir os seus erros. É verdade que o filme se apoia em cenários de grande apuro visual, em excelentes efeitos visuais e num vistoso guarda-roupa de Jean-Paul Gaultier, mas os personagens não são abafados pela parte técnica. Originado ou não no fraco domínio da língua por Perlman (o único elemento não-francês no elenco), One é um adulto-criança e Miette é uma criança-adulto. Ela diz-lhe que não é tão "pequena" como ele pensa e mais tarde pergunta-lhe que tipo de mulher ele escolheria no futuro. Pinceladas que poderiam gerar alguma polémica na imprensa de países mais histéricos não fosse o filme de um género mais "artístico", europeu, e não-falado em inglês (cuidado com uma versão dobrada em inglês - bevarre, bevarrre!). Os órfãos são mais maduros do que aparentam devido às necessidades de sobrevivência, e Miette tem carências de laços familiares e de ser a "petite soeur" de One, já que a única figura "paternal" que conhece é a das siamesas escravizadoras.

Perlman foi contratado depois de Caro o ter visto em «Cronos» (1992), do mexicano Guillermo del Toro, outro filme em que o actor é um "estrangeiro". Apesar de não saber francês aprendeu todas as suas linhas e não foi dobrado. Vittet foi seleccionada a partir de um casting de centenas de pequenas actrizes. No meio de tantos efeitos especiais poderíamos ser convencidos de que se utilizou uma actriz adulta, "reduzida" digitalmente (e a sequência final do sonho até poderia dar uma ajuda), mas Vittet era apenas uma menina de 9 anos a representar uma menina de 9 anos. O desempenho que Jeunet lhe consegue extrair é espantoso.

A relação entre One e Miette é de crucial importância, e o momento em que o grandalhão está sob a influência do veneno de Marcello manipula magistralmente a empatia do espectador com os personagens, num segmento com grande poder dramático que culmina numa espantosa (e divertida) sequência de efeitos especiais. Porque no filme de Jeunet e Caro, nada é feito - ou acontece - de forma subtil. Talvez estas improbabilidades passem pela falta de desenvolvimento narrativo que muitos lhe apontam, mas estamos perante uma fábula, num mundo criado de novo, uma espécie de dimensão paralela, noutro tempo e noutro espaço, e só nos podemos deliciar quando, por exemplo, para abrir uma porta trancada se usa um íman, um rato, queijo ralado e um gato ou quando uma simples gota de água pode originar uma catástrofe.

Na altura do seu lançamento referiu-se que «A Cidade das Crianças Perdidas» competia com «Jurassic Park» (1993) no número de efeitos especiais por plano. De acordo com as notas de produção existem 192 planos de efeitos especiais, totalizando 23 minutos, dos quais 5 são constituídos por animação tridimensional (objectos criados do "nada"), onde se inclui a sequência da lágrima, o sonho final e os impressionantes actos de sabotagem humana por parte das pulgas. Mas compare-se, aqui e no filme de Spielberg, a utilização dos efeitos e a respectiva integração no argumento. É certo que muitos irão ver o filme de Jeunet e Caro pelo design visual (de que os F/X são apenas uma parte), mas duvidosamente será apenas por isso, enquanto que é certo que o filme de Spielberg vale sobretudo pelo realismo dos dinossauros gerados por computador e que as audiências mais facilmente procurarão o filme por esses efeitos. O trabalho de computador neste filme é um elemento da história, a qual recorre a um cuidado trabalho visual na construção de cenários e atmosferas. A influência deste brilhante trabalho de design está já patente em diversas outras obras, sendo a mais recente e notória «Dark City» (1997) de Alex Proyas, que se inspira também em outros elementos da história (como a assembleia dos ciclopes, recordada pela assembleia dos "estrangeiros").

Sendo uma delícia visual e um triunfo técnico, «A Cidade...» não deixa de ser um filme imaginativo, com bons momentos de humor, e uma das melhores "fantasias" da década. One e Miette são personagens interessantes e de carne e osso, apesar de confinados a um mundo de sonho, e os actores estão "au point". (…) "

http://www.cinedie.com/enfants_perdus.htm





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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Amanhã, 6ªf, 05 Dezembro: Cinemascópio - Ciclo Terra do Nunca: Pequenas Flores Vermelhas, de Zhang Yuan




Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Terra do Nunca

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 05 DEZEMBRO.2008 - 21H45

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Pequenas Flores Vermelhas
Little Red Flowers
Kan Shang qu hen Mei


Realizador: Zhang Yuan
Com: Bowen Dong, Yuanyuan Ning, Chen Manyuan, Zhao Bui, Li Xiaofeng
Duração: 92 minutos, COR
Classificação: M/12
Género: Drama, Comédia
País de Origem: China, Itália
Ano:2006

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Ciclo Terra do Nunca

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 05 DEZEMBRO.2008 - 21H45

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Pequenas Flores Vermelhas
Little Red Flowers
Kan Shang qu hen Mei


Realizador: Zhang Yuan
Com: Bowen Dong, Yuanyuan Ning, Chen Manyuan, Zhao Bui, Li Xiaofeng
Duração: 92 minutos, COR
Classificação: M/12
Género: Drama, Comédia
País de Origem: China, Itália
Ano:2006

SINOPSE

" Pequim, 1949. Com apenas quatro anos, o pequeno Qiang é matriculado pelos seus ausentes pais num colégio interno, onde todos os seus passos são controlados. Mas Qiang é uma criança rebelde e não consegue seguir as regras: ele ainda precisa de ajuda para se vestir e faz xixi na cama.

A sua desobediência impede que ele ganhe as desejadas flores vermelhas, dadas apenas aos alunos mais bem-comportados, e acaba atraindo a antipatia da professora Sra. Li. Mas, aos poucos, ele consegue que outras crianças se juntem à sua rebelião particular ao convencê-las de que a professora é, na verdade, um monstro que come crianças.

Este filme participou na competição oficial dos festivais de Berlim e Sundance de 2006.”

www.emcena.com

" Pequenas Flores Vermelhas

Com "Zero em Comportamento" de Jean Vigo, na memória, este filme chinês não atingirá tais alturas, mas possui a vantagem de saber adequar o seu aparato formal aos objectivos políticos de retratar uma sociedade fechada e castradora, usando a repressão da infância como metáfora de um mal maior.
Zhang Yuan tem uma visão de cinema, sabe filmar a claustrofobia de uma escola pré-primária concentracionária e repulsiva, sem maniqueísmos desnecessários, nem formalismos inúteis. Há, no modo como se figuram os pequenos episódios de uma humilhação quotidiana, uma autenticidade "realista" na construção da "monstruosidade" do sistema, que contrasta bem com uma poesia visual que impregna as cenas nocturnas de transgressão semi-escatológica do protagonista infantil. Uma boa "pequena" surpresa."

Por: Mário Jorge Torres (PÚBLICO)

http://cinecartaz.publico.clix.pt/criticas.asp?id=161775&Crid=4&c=4111


Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura

Apoio: A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural

CONTAMOS COM A VOSSA PRESENÇA!

Próxima sessão, dia 12 Dezembro 08: A Cidade das Crianças Perdidas, de Jean Jeunet & Marc Caro

pintar.sete@gmail.com

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Cinemascópio: Novo Ciclo Temático já na próxima 6ª feira, 5 Dezembro – Terra do Nunca





Caros Amigos,

Na próxima 6ª feira, dia 5 de Dezembro, o Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos inicia um novo Ciclo, Terra do Nunca.

Será então esta a programação para o mês de Dezembro:

Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Terra do Nunca




5/12: Pequenas Flores Vermelhas, de Zhang Yuan



12/12: A Cidade das Crianças Perdidas, de Jean-Pierre Jeunet e Marc Caro



19/12: Liam, de Stephen Frears



26/12: Labirinto, de Jim Henson







Esperamos por vós n'

A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural

Rua de Morgado de Mateus, nº41

4000-334 Porto


(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE







Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura


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