terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Cinemascópio: Ciclo Terra do Nunca - Próxima 6ªf, 26 Dezembro: Labirinto, de Jim Henson


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Terra do Nunca


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 26 DEZEMBRO.2008 - 21H45



A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural


Rua de Morgado de Mateus, nº41

4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE



Labirinto

Labyrinth


Realizador:
Jim Henson

Com: David Bowie, Jennifer Connelly, Toby Froud, Shelley Thompson, Christopher Malcolm, Natalie Finland, Shari Weiser, Frank Oz.
Vozes de: Brian Henson, Ron Mueck, Rob Mills, Dave Goelz, David Alan Barclay, David Shaughnessy, Karen Prell, Timothy Bateson.



Duração:
97 minutos, COR

Classificação: M/6

Género: Fantasia

País de Origem: EUA

Ano: 1986



SINOPSE

" Tomar conta do seu meio-irmão bebé Toby numa noite de fim-de-semana não é bem a melhor diversão para a jovem Sarah (Connelly). Frustrada com o choro dele, Sarah secretamente imagina que os Duendes do seu livro preferido, LABYRINTH, levam Toby consigo. Quando a sua fantasia se torna real, Sarah, preocupada, tem de mergulhar num labirinto de ilusões para trazer Toby de volta de um reino habitado por criaturas místicas e governado pelo malvado Rei dos Duendes (Bowie)."

http://www.dvdpt.com/l/labyrinth_edicao_especial_de_aniversario.php



"DE CULTO



Vi Labirinto em 1986 no cinema Império, em Lisboa, cinema lendário onde vi alguns dos mais marcantes filmes da minha vida (sim, também lá vi A Guerra das Estrelas e O Império Contra-Ataca!). Foi o último filme que me lembro de ter ido ver ao Império, uma sala de cinema absolutamente fabulosa que, não muito tempo depois, seria comprada pela sinistra Igreja Universal do Reino de Deus. Ainda hoje fico enfurecido por ver aquele edifício imponente nas mãos de tão duvidosa empresa. Um desperdício vergonhoso.

Também por ter sido o último filme que vi no Império, Labirinto tornou-se num genuíno filme de culto para mim. Por isso, e por ser obra saída de um daqueles conjuntos de ídolos de cabeceira que, à partida, parecem nada ter a ver uns com os outros, mas que, surpreendentemente, conseguiram afinar as suas sensibilidades e criar algo de espantoso. Quem diria que um filme realizado pelo criador dos Marretas, Jim Henson; produzido pelo criador da Guerra das Estrelas, George Lucas; escrito por um dos elementos dos Monty Python, Terry Jones; e interpretado (e musicado) por David Bowie, iria funcionar tão bem?

Mas funciona. Fazendo jus ao talento de todos os envolvidos, é uma fantasia musical cómica com bonecos e gente, subvertendo com um misto de irreverência Monty Python e genuíno gosto por contos de fadas, os clichés do género, e revelando às massas o talento da então muito nova Jennifer Connelly (que, tendo ela na altura 15 aninhos e eu também, rapidamente se tornou numa sex symbol aqui do jovem, com quem eu estaria disposto a perder-me em quaisquer labirintos que ela quisesse).

A história envolve uma jovem em busca do irmão raptado pelo Rei dos Duendes através de um labirinto surreal que lembra Alice no País das Maravilhas cruzada com Monty Python e o Cálice Sagrado. Se a rapariga não encontrar o fim do labirinto num tempo limite, o pequeno Toby será transformado num dos duendes daquele bizarro universo. Mas esta saga acaba por ser um pretexto para o vilão atrair a irmã de Toby, Sarah, por quem está apaixonado...

É claramente uma aventura pré-politicamente correcto: hoje em dia seria olhado de lado, um filme juvenil em que um homem de quarenta e tal anos (Bowie, na altura, fazendo o papel do Rei dos Duendes) se perde de amores por uma jovem de 15. No entanto, Labirinto lida com o assunto de uma forma tão inteligente, sensível e - como não podia deixar de ser numa obra escrita por Terry Jones - tão cómica que é impossível olhar a fita com desconfiança. É um divertimento sublime e - embaraço dos embaraços - eu sei algumas deixas de cor. Sou um geek, que diabo.

(…)
Os filhos dos 80s irão regalar-se com isto e possivelmente tentar convencer os seus filhos com a magia de Henson, Lucas, Jones e Bowie; os filhos dos 90s poderão achar que a música está datada, mas acredito que assim que se deixarem embrenhar naquele universo não quererão outra coisa. (…) Notem também o dedinho do Terry Jones, recuperando um insulto que poderia fazer parte de Monty Python e o Cálice Sagrado, quando uma das criaturas minúsculas do labirinto exclama a Jennifer Connelly, "your mother is a friggin' aardvark!" "

Nuno Markl, Blog Há vida em Markl

http://havidaemmarkl.blogs.sapo.pt/207200.html



Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura


Apoio: A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural



CONTAMOS COM A VOSSA PRESENÇA!



Próxima sessão, dia 02 Janeiro 08: O Véu Pintado, de John Curran



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