segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cinemascópio: Novo Ciclo Temático já na próxima 6ª feira – Faz-se Caminho, Caminhando –no Mede Vinagre





Caros Amigos,

Na próxima 6ª feira, dia 4 de Setembro, o Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos inicia um novo Ciclo, Faz-se Caminho, Caminhando.



Será então esta a programação para o mês de Setembro de 2009:


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Faz-se Caminho, Caminhando

Setembro 2009

ENTRADA LIVRE




1º- O Caminho Solitário, de Zhang Yimou (04/09)



2º - O Veredicto, de Sidney Lumet (11/09)



3º -Breakfast on Pluto, de Neil Jordan (18/09)



4º - O Selvagem, de Lázló Benedeck (25/09)



Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura



Apoio: Mede Vinagre




CONTAMOS COM A VOSSA PRESENÇA!



pintar.sete@gmail.com



http://www.casamorgado.blogspot.com/

Sessões Cinemascópio a partir de Setembro sempre no Mede Vinagre! :)


Caros Amigos,

As sessões de cinema Cinemascópio, às 6ªs feiras serão feitas a partir de Setembro, definitivamente no Mede Vinagre! :)

A estes nossos amigos temos a agradecer todo o carinho, disponibilidade e boa vontade com que acolheram esta iniciativa!

Filomena, Valter, Mariana, obrigado!!!

Na próxima 6ªf lá estaremos todos no Mede Vinagre, na Rua de Morgado de Mateus, nº51!

Um abraço "pintarossetiano",

Pintar o 7

NOTA: Esta foto foi tirada pelo Valter Castelão, na sessão Cinemascópio de 24 de Agosto, no Mede Vinagre.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Cinemascópio ao Ar Livre pela Pintar o 7 no Mede Vinagre



Sexta-feira passada, a sessão de cinema Cinemascópio, organizada pela Pintar o 7 no espaço dos amigos do Mede Vinagre foi assim!

Cinemascópio ao Ar Livre, todas as 6ªs feiras de Verão, pela Pintar o 7, no Mede Vinagre! :)

pintar.sete@gmail.com

Para verem mais imagens desta sessão, visitem o blogue do Mede Vinagre:

http://www.casamorgado.blogspot.com/

Cinemascópio: Ciclo Cinema em Tempo de Verão - Próxima 6ªf, 28 de Agosto: Longe do Paraíso, de Todd Haynes


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Cinema em Tempo de Verão


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 28 Agosto.2009 - 21H45

Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)
Rua de Morgado de Mateus, nº51
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE

NOTA: Ao contrário do que foi anunciado, o filme previamente anunciado para esta semana (O Véu Pintado, de John Curran)encontra-se indisponível, pelo que nos vimos forçados a substitui-lo pelo anunciado esta semana. Pelo facto, as nossas desculpas.

Longe do Paraíso
Far from Heaven

Realizador: Todd Haynes
Com: Dennis Haysbert, Dennis Quaid, Julianne Moore

Duração: 107 minutos

Idade: M/12
Género: Drama
País de Origem: E.U.A
Ano: 2002

Longe do Paraíso
Sincrónico e anacrónico

Não é seguro que não se possa entrar em "Longe do Paraíso" como em território virgem, mesmo conhecendo os melodramas de Douglas Sirk.
É verdade que, no princípio, desconfiamos: já vimos aquele "travelling" inicial, já vimos aquele jardineiro, um e outro em "All That Heaven Allows", conhecemos os códigos e as cores, antecipamos a explosão do melodrama contra as imposições sociais. E, no entanto: não é réplica, nem "remake", não o vemos com a mesma distância que nos separa dos filmes de Sirk (por mais avassaladores que sejam). É um filme em dois tempos, simultaneamente sincrónico e anacrónico: estamos na América dos anos 50, mas o jardineiro já não é apenas jardineiro, é negro, e o marido não é adúltero, é homossexual. Ou seja, é um filme de hoje, como se fosse feito nos anos 50 (e não o contrário) e a forma - a estilização - é o que lhe confere a singularidade. Se os exercícios de revisionismo do cinema clássico se têm pautado pela impossibilidade de voltar a ele, "Longe do Paraíso" faz o contrário. E, provavelmente, transposto para a América de hoje, os resultados seriam menos fulgurantes
Por: Kathleen Gomes (PÚBLICO)




Perto dos 50’s

Todd Haynes tem uma longa história de experimentação em torno de referentes mais ou menos conhecidos. Em 1987, "Superstar: The Karen Carpenter Story" recriava com bonecas Barbie a irónica "paixão" e morte de uma estrela pop. "Poison" (1991), olhar tenebroso sobre os fantasmas de uma geração, aproveitava uma ligação com o imaginário de Genet para conferir a uma de três histórias um reconhecimento das matrizes para a ficção. "Safe" (1995) socorria-se de um "look" pretensamente antiséptico de alguma Ficção Científica para a cruzar com uma dimensão decorativa e organizadora de espaços do melodrama dos anos 50: Douglas Sirk espreitava já nas sequências iniciais do apartamento de Julianne Moore. "Velvet Goldmine" (1998) pegava no "glam rock" e tecia uma fantasia complexa que recuava ao dandismo de Oscar Wilde, para se concentrar no universo colorido e complexo dos anos 70.

remake, paródia e pastiche
. E, no entanto, "Longe do Paraíso" coloca questões formais de diferente índole: funciona num registo misto entre o "remake", a paródia (no sentido sério do termo) e o "pastiche". Inscreve-se, em simultâneo, numa estratégia de homenagem a um só filme, "O Que o Céu Permite" (1954), e, por extensão, o melodrama de Sirk, numa abstracção do mundo representativo dos Fifties, e numa dimensão de cópia denunciada, que o torna sobretudo num olhar sobre o presente.

Enquanto "remake", Haynes conta a mesma "história" de Sirk: uma mulher da alta burguesia de uma pequena cidade da Nova Inglaterra sente uma forte atracção pelo jardineiro, homem mais novo e de classe inferior. Mas, enquanto no original Jane Wyman é viúva, com filhos adolescentes e universitários, e o objecto da paixão é o espadaúdo símbolo sexual dos 50’s, Rock Hudson, este falso "remake" opera uma alteração de monta: Moore é casada e o marido é homossexual, os filhos são pequenos e parecem recuperados de outras ficções "infantis" de Sirk (as comédias românticas e subversivas, de que "Weekend with Father", de 1951, é o referente mais evidente), e o jardineiro, se mantém a envergadura de Hudson, acrescenta-lhe uma característica fundamental: um negro num mundo de brancos, também com uma filha de anterior casamento, a propiciar conflitos raciais subterrâneos.

Enquanto paródia, Haynes compraz-se em piscadelas de olho ao espectador prevenido: a entrada na cidade faz-se por um plano de grua semelhante ao de "O Que o Céu Permite", até o nome da personagem responsável pela bisbilhotice, Mona, transita de um filme para o outro, como marca subtil (e "inútil") de uma dependência em filigrana. O empenhamento melodramático e sobretudo a belíssima sequência final, com a despedida toda em gestos subliminares do que não pode ser dito, revelam o sentido da intervenção no passado. Presentifica-se os 50’s como se um dos objectivos passasse por uma revisão de mentalidades, uma noção do que faltava dizer: em Sirk intervinha-se sobre problemas de classe e de diferença de idade entre os amantes (mulher mais velha e homem mais novo, motivo melodramático por excelência); Haynes acrescenta-lhe as questões sexuais e rácicas, depois de Stonewall e dos movimentos emancipatórios da minoria "gay" – para já não falar das revelações posteriores sobre a (homo) sexualidade de Rock Hudson -, sobretudo depois de toda a evolução dos Civil Rights, no que concerne aos direitos dos Negros, ou melhor, para corresponder à transformação de conceitos, dos afro-americanos.

E chegamos à questão do "pastiche", noção profundamente ligada ao distanciamento que os pós-modernismos detectam na criação artística e cultural: mais do que um olhar directo sobre uma época e um tipo de cinema, "Longe do Paraíso" opta por uma obliquidade interveniente, tornando as cores puras e sem sombras numa forma de estabelecer pontes com o nosso tempo, embora possam ser lidas como mimética aproximação aos tons outonais e às neves fictícias do original.

a crónica de um tempo.
Se pensarmos o objecto fílmico dentro desta perspectiva de reflexo e refracção de uma época, outra questão se perfila: que filme vemos, quando vemos "Longe do Paraíso"? Que espectadores somos? Tudo depende, queiramos ou não, do nosso conhecimento dos materiais referenciais. Não estamos a dizer que o espectador médio necessite de Sirk e de uma integração histórica para ler um objecto autónomo. O que defendemos é que co-existem dois graus diversificados de análise: a que isole, de forma sincrónica, um filme, e a que convoque uma forte coordenada diacrónica, lendo Haynes no contexto de uma progressão histórica das ideias e das formas. Quem veja "Longe do Paraíso" de forma isolada pode incorrer no empobrecimento do mundo conceptual que se constrói.

E aqui entram muitos elementos obrigatórios, que, de todo, se não circunscrevem a uma matriz simples: "Longe do Paraíso" é "sobre" a década de 50, sobre as suas contradições fundadoras, sobre o seu decorativismo gritante, sobre os seus mitos, tantas vezes perpetuados na modernidade que temos.

Se não vejamos: a personagem torturada do marido homossexual, composta com rigor absoluto por Dennis Quaid, deve muito a uma abstracção viual de duas das grandes estrelas dos 50’s, Marlon Brando e sobretudo o Montgomery Clift de depois do desastre, com tiques minimais e uma forma, herdada o Actor’s Studio, de criar uma figura a partir de uma reinvenção do conflito interior.

A sequência em que Moore vai resgatar o marido à esquadra não pode deixar de evocar a cena inicial de "Fúria de Viver" de Nicholas Ray, enquanto os planos "inclinados", de uma imagem obliquada e confusa invocam o estilo rebuscado de Elia em "A Leste do Paraíso". Ambos os filmes haviam servido de veículo para o mais mítico dos "rebeldes sem dos Fifties, James Dean, e Kazan fora encenador e realizador da adaptação cinematográfica de "O Eléctrico Chamado Desejo".

Ora a peça de Tennessee Williams (no anos 40) constituía a abertura para a ponta do iceberg, representando pela primeira vez de forma moderna a homossexualidade como motivo dramático. A referência era discreta e aparecia numa fala de Blanche Dubois, a "southern belle", que um dia abrira uma porta fechada e encontrara o marido nos braços de outro homem. E a cena de "Longe do Paraíso", em que Julianne Moore leva o jantar ao marido, assim descobrindo o seu segredo, funciona como "ilustração" dessa presença que nos anos 50 apenas timidamente se nomeava.

Mais importante ainda: Haynes vê os Fifties de forma retrospectiva, como a década da recuperação económica, do "baby boom", da proliferação gráfica da publicidade, das revistas de decoração e de moda, de um quotidiano estilizado, reproduzido em móveis e cores, cozinhas modernas e a chegada da alta-costura aos adereços e vestidos da protagonista. Daí a insistência no desfile de moda de Julianne Moore, herdeira de Jane Wyman, mas também de uma abstracção da influência de Dior, e outros, no "look" das saias rodadas e coloridas, nos estampados e nas "écharpes". Esta estranheza faz do "paraíso" que o filme constrói e desconstrói um filme em si.

Há uma intervenção política clara, na medida em que se intervém sobre o centro do conformismo americano, na grande década que forja o conservadorismo da era Eisenhower/ Nixon, depois prolongado no consulado Reagan/Bush e, no presente, no reaccionarismo patético do Bush, filho. Assim, a modernidade do olhar de Haynes passa pela capacidade de instrumentalizar a década da segurança, depois do pós-guerra, mas também da intervenção na Coreia, do MacCarthysmo e do terror atómico, nos primórdios da Guerra Fria. Há a segurança da casa moderna, com o conforto electrodoméstico, mas também os abrigos atómicos nos jardins (que o filme não mostra mas intui), o início da conquista do espaço, a queda exposta de um modo de viver artificial e baseado em convenções de fingimentos vários.

Se se está "longe dos paraísos" artificiais que o discurso dominante sobre os anos 50 veicula, está-se muito perto da possibilidade que a modernidade reclama de encenar "imitações de vida", arte e artifício. É do princípio do século XXI que Haynes se ocupa: Sirk e os anos 50 não passam de metáforas possíveis e detectoras de um deslumbramento compungido.

Por: Mário Jorge Torres (PÚBLICO)

http://cinecartaz.publico.pt/criticas.asp?id=77967&Crid=4&c=1991

Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura

Apoio: Mede Vinagre

CONTAMOS COM A VOSSA PRESENÇA!

Próxima semana, 6ªf, dia 4 de Setembro de 2009: A Vida é um Jogo, de Robert Rossen

pintar.sete@gmail.com

http://www.casamorgado.blogspot.com/

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Cinemascópio: Ciclo Cinema em Tempo de Verão - Próxima 6ªf, 21 de Agosto: Água, de Deepa Mehta


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Cinema em Tempo de Verão

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 21 Agosto.2009 - 21H45

Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)

Rua de Morgado de Mateus, nº51
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE

ÁGUA
Water

Realizadora: Deepa Mehta
Com: Lisa Ray, Seema Biswas, Kulbhushan Kharbanda, Sarala, John Abraham, Manorama, Raghubir Yadav, Vidula Javalgekar

Duração: 117 minutos

Idade: M/12
Género: Drama, Aventura
País de Origem: Canadá / Índia
Ano: 2005

SINOPSE

Aos 8 anos de idade, na Índia dos anos 30, Chuyia não é apenas casada; é já viúva. E nunca conheceu o marido. De acordo com a tradição, Chuyia é enviada para uma casa que acolhe viúvas – uma casa onde as viúvas são obrigadas a ficar, isoladas da sociedade, até ao final das suas vidas, sem que possam alguma vez voltar a casar. Lá, conhece Kalyani, uma bela e jovem viúva de quem se torna amiga que ousa desafiar as regras apaixonando-se por um jovem com estudos. Também ele está disposto a confrontar-se com a tradição instituída. No momento em que as ideologias de Ghandi ganham cada vez mais peso e as pessoas se começam a questionar sobre a religião, sobre a sociedade, sobre os direitos das mulheres, estas duas jovens (assim como tantas outras mulheres) poderão ver os seus percursos de vida alterarem-se radicalmente.
www.7arte.net

"A situação social evocada é pungente: a condição das viúvas que, na Índia da década de 1930, são sujeitas a uma existência marginal, mesmo quando podem ser crianças (a personagem central tem 8 anos). Mas Deepah Mehta não constrói com tal situação um mero "panfleto" ruidoso, à maneira desses documentários (?) televisivos que parecem possuir toda a verdade deste mundo e do outro... Nada disso: este é um filme de grande delicadeza emocional, sustentado por uma construção dramática que possui a enorme vantagem de seguir um programa claro: expor a verdade humana para além das barreiras dos rituais sociais ou das normas religiosas.

«Água» é, afinal, um simples sintoma do (muito) cinema indiano que não conhecemos."
João Lopes, www.cinema2000.pt


"Água" de Deepa Mehta: Um Hino ao Amor, à Dignidade Humana e à Vida

Não foi com muito assombro que visionei a mais recente obra cinematográfica da realizadora indiana Deepa Mehta (nomeada para os Óscares 2007 na categoria de Melhor Filme Estrangeiro), dado que, desde sempre, os filmes indianos me deslumbraram pela sua magia imagética. Das minhas raízes muito mais inter do que multiculturais, fazem parte as cores, os sons e os sabores fortes da cultura iconográfica, musical, filosófica e gastronómica deste povo que comigo partilha o Oceano Índico como berço.
Todavia, este filme tangeu-me a alma pela sábia junção, no seu fabuloso argumento, desse exotismo, sempre presente nas minhas mais recônditas memórias, que me moldou as minhas percepção e expressão estéticas e filosóficas, a uma sensível abordagem de dois temas tabu. Com efeito, o leitmotiv desta película é o destino inexorável e dramático das viúvas hindus que, de acordo com a tradição, ou são queimadas vivas na pira em que arde o cadáver de seu marido, ou dever-se-ão isolar como párias (do Tamul pareyar, tangedor de bombo, os intocáveis, a casta mais baixa entre os hindus, alvo do desprezo das demais), estando-lhes reservado um inelutável ostracismo social até ao final das suas desafortunadas, trágicas, existências.
Esta película relata como a mendicidade e, tantas vezes, a prostituição das mais novinhas são a única forma de sustento de quem a sociedade rejeitou para todo o sempre; como uma dessas casas de abrigo acolhe Chuyia, uma criança que, com apenas 8 anos, já é viúva e Kalyani, uma bela jovem que, também, face ao mesmo estado, vê-se obrigada, desde tenra idade, a vender o corpo, em troca de umas míseras e malditas moedas, acabando por se libertar dessa tortura imposta ao apaixonar-se por um jovem culto e de casta elevada, admirador confesso dos ensinamentos de Gandhi, nomeadamente, da "resistência passiva" contra o regime colonial inglês. E é exactamente neste momento, em que a ideologia deste sábio homem começa a alastrar-se pela Índia, pondo em questão muitas das tradições religiosas e sociais cristalizadas, que estas duas jovens mártires poderão almejar a liberdade, ou não.
É, assim, um filme que relata, igualmente, um flagelo global - o da prostituição infantil, do abuso de menores por "predadores sexuais" que, aproveitando-se da miséria alheia, lhes amputam a infância, em prol das suas mais pérfidas e desumanas perversões.
Um filme a não perder, como acto de resistência cívica, ética, estética e filosófica !
Isabel Metello, http://sol.sapo.pt/blogs/isabelmetello/default.aspx


Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura

Apoio: Mede Vinagre

CONTAMOS COM A VOSSA PRESENÇA!

Próxima sessão, dia 28 Agosto 09: O Véu Pintado, de John Curran




pintar.sete@gmail.com

http://www.casamorgado.blogspot.com/



sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Cinemascópio: Hoje, Sexta-Feira dia 14 de Agosto – O Labirinto do Fauno, de Guillermo Del Toro




Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Cinema em Tempo de Verão


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 14 Agosto.2009 - 21H45

Para ver imagens do filme desta semana, visite o nosso blogue:
www.pintarosete.blogspot.com (clique no endereço a azul)
no
Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)

Rua de Morgado de Mateus, nº51
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE

O Labirinto do Fauno
El Laberinto del Fauno

Realizador: Guillermo del Toro
Com: Ariadna Gil, Ivana Baquero, Sergi López

Duração: 112 minutos

Idade: M/16
Género: Drama, Fantasia, Thriller
País de Origem: Espanha
Ano: 2006

Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura

Apoio: Mede Vinagre

CONTAMOS COM A VOSSA PRESENÇA!

Próxima sessão, dia 21 Agosto 09: Água, de Deepa Mehta





pintar.sete@gmail.com

http://www.casamorgado.blogspot.com/

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Cinemascópio: Ciclo Cinema em Tempo de Verão - Próxima 6ªf, 14 de Agosto: O Labirinto de Fauno, de Guillermo Del Toro


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Cinema em Tempo de Verão


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 14 Agosto.2009 - 21H45

Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)

Rua de Morgado de Mateus, nº51
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE

O Labirinto do Fauno
El Laberinto del Fauno

Realizador: Guillermo del Toro
Com: Ariadna Gil, Ivana Baquero, Sergi López

Duração: 112 minutos

Idade: M/16
Género: Drama, Fantasia, Thriller
País de Origem: Espanha
Ano: 2006

SINOPSE

Espanha, 1944. A Guerra Civil já terminou há cinco anos, mas um grupo de rebeldes continua a lutar, invencível, nas montanhas de Navarra. O Capitão Vidal, um oficial fascista, tem ordens para eliminar os rebeldes nesse território remoto. Ofélia, uma rapariga sonhadora de dez anos, muda-se com a mãe, grávida e frágil, para Navarra, para finalmente conhecer o padrasto, o Capitão Vidal. Mas ele não faz qualquer esforço para se aproximar da enteada. Sozinha, Ofélia procura companhia e amizade em Mercedes, uma cozinheira que trabalha para as tropas do padrasto. Até que um dia, Ofélia, fascinada por contos de fadas, descobre um grandioso labirinto a desmoronar-se atrás da fábrica em que se instalara o padrasto. No centro do labirinto, conhece Pan, um velho brincalhão que diz conhecer a sua verdadeira identidade. Segundo ele, Ofélia é uma princesa, filha desaparecida do Rei das Fadas. E Pan oferece-lhe a oportunidade de voltar ao mundo secreto e governar o reino de seu pai. Mas primeiro, deverá executar três tarefas antes da Lua cheia... E ninguém pode saber, nem a mãe, nem Mercedes, e muito menos o Capitão Vidal, que planeia mandá-la embora. O tempo esgota-se para os rebeldes e para Ofélia. Todos têm de combater a crueldade para conseguirem a liberdade. "O Labirinto do Fauno" foi um dos filmes mais nomeados aos Óscares, totalizando seis nomeações: Melhor Filme Estrangeiro, Argumento Original, Banda Sonora, Direcção Artística e Melhor Fotografia.

PUBLICO.PT [http://cinecartaz.publico.clix.pt ]

"O Labirinto do Fauno
Conta-me histórias


Nada menos de seis nomeações para os Óscares, entre as quais o melhor filme estrangeiro e melhor argumento, depois de uma passagem pela selecção do Festival de Cannes de 2006 e de uma extraordinária recepção crítica nos EUA. Não é normal que um filme "de género", receba tantas provas de respeito por parte de uma classe crítica habitualmente alheia ao cinema fantástico.
Que não se entenda nisso um sinal de que as coisas estão à beira de mudar. Quando muito, veja-se o reconhecimento de uma geração de cineastas latinos que está a conquistar Hollywood (Guillermo del Toro é mexicano, como Alejandro González Iñarritú, de "Babel", ou Alfonso Cuarón, de "E a tua Mãe Também"), ou do talento específico de um realizador que se tem erguido a pulso como "autor" com um universo recorrente de filme para filme, independentemente de assinar uma encomenda hollywoodiana como "Blade II" (2002) ou "Hellboy" (2004) ou um filme mais pessoal como "Nas Costas do Diabo" (2001).
É, aliás, em "Nas Costas do Diabo" que se encontra a filiação directa de "O Labirinto do Fauno"; a referência à Guerra Civil Espanhola e a transfiguração da realidade através dos olhos de uma criança. O novo filme tem lugar em 1944, já depois de final da Guerra Civil, mas refere–se-lhe constantemente através de um odioso oficial franquista (excelente Sergi López) que instalou o seu quartel-general numa casa rural que encerra um portal para um universo subterrâneo de mitos e magia, cuja princesa desapareceu há séculos...e parece ressurgir agora sob os traços de Ofélia, a enteada do oficial. Uma menina sonhadora que relutantemente acompanhou a mãe grávida para longe da cidade e se sente perdida e assustada até encontrar o labirinto que dá título ao filme.
Relacionar o mundo real com o universo fantasioso onde Ofélia penetra é, evidentemente, um velho truque da ficção fantástica. Mas nem esta "Alice" vai sair incólume destas viagens, nem o mundo subterrâneo é um "país das maravilhas": o que interessa a Del Toro é que as portas entre um e outro não são estanques nem de sentido único. Este conto de fadas cruzado da fábula sobre a persistência do mal e o poder da inocência viaja entre o filme de guerra e o realismo mágico - reside nessa deliberada indefinição a sua mais-valia mas também a sua maior desvantagem, já que a "integração" dos dois universos é por vezes um pouco forçada (e resultava melhor em "Nas Costas do Diabo", mais atmosférico, mais conseguido e mais sugerido).
Mas confirma-se Del Toro como cineasta sensível e inteligente, mais interessado em ambientes do que em sustos gratuitos (e nesse aspecto o filme é extraordinário), com uma capacidade efabulatória invejável. Será um erro vir a "O Labirinto do Fauno" à procura da confirmação da vitalidade do cinema latino; é apenas uma prova de que o melhor cinema fantástico está muito longe de ser "parente pobre".
(Jorge Mourinha, http://cinecartaz.publico.clix.pt)

Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura

Apoio: Mede Vinagre

CONTAMOS COM A VOSSA PRESENÇA!


Próxima sessão, dia 21 Março 09: Água, de Deepa Mehta




pintar.sete@gmail.com

http://www.casamorgado.blogspot.com/

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Alexandre

Conhecemos o Alexandre Bahia numa das nossas primeiras sessões Cinemascopio, em 2005.
Curioso e interessado (como o foi com tantas outras coisas), propos-se a ceder-nos um filme seu para exibirmos num dos nossos Ciclos. Disse-me ser ''o filme da minha vida''.
Assim foi: em Junho de 2005, Tuvalu foi incluido no Ciclo Doce Perspicacia dos Sentidos.
E ao longo do tempo que mantivemos as sessões regulares da nossa iniciativa, foi um divulgador entusiasta, pronto a ajudar no que pudesse.
Por isso, a Pintar o 7 sempre pensou no Alexandre como num  amigo...


-Ha dois dias atras, os amigos ''pintarossetianos'' la estiveram, a despedirem-se de ti.
Eu não o pude, a distancia não o deixou.
Disseram-me que estiveste rodeado de amigos. 
Não me surpreendeu, creio que cultivar e prezar a amizade foram sempre  lemes na tua  vida.
Estas imagens, em jeito de despedida, são para ti....
Eu, recordar-te-ei sempre como o rapaz de olhos grandes que conheci numa noite de cinema...
Ate sempre, Alexandre!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ao Amigo Alexandre Bahía

Amigo é o contrário de
Inimigo!
Amigo é um sorriso.
Alexandre O´Neill


Amigo da Pintar o 7 , de longa data, e Amigo de alguns de nós, deixou-nos o Alexandre Bahía.

O seu sorriso, o seu amor à vida, a coragem e a força com que encarou "as partidas que a vida nos prega", ficarão connosco.

Especialmente para o Alexandre,


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Cinemascopio: Amanha, Sexta-Feira dia 7 de Agosto - Algures em Africa, de Caroline Link



SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 07 Agosto.2009 - 21H45
no
Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)
Rua de Morgado de Mateus, nº51
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE

Algures em África
Nowhere in Africa

Realizador: Caroline Link

Com: Juliane Köhler, Lea Kurka, Matthias Habich, Merab Ninidze, Sidede Onyulo, Matthias Habich, Lea Kurka, Karoline Eckertz, Gerd Heinz, Hildegard Schmahl, Maritta Horwarth, Regine Zimmermann

Duração: 141 minutos, COR

Classificação: M/12
Género: Drama
País de Origem: Alemanha
Ano: 2001




Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura


Apoio: Mede Vinagre



CONTAMOS COM A VOSSA PRESENÇA!

Próxima sessão, dia 14 Março 09: O Labirinto do Fauno, de Guillermo Del Toro


www.pintarosete.blogspot.com

http://www.casamorgado.blogspot.com/

Cinemascópio: Ciclo Cinema em Tempo de Verao - Próxima 6ªf, 7 de Agosto: Algures em África, de Caroline Link


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos
Ciclo Cinema em Tempo de Verao


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 07 Agosto.2009 - 21H45
no
Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)
Rua de Morgado de Mateus, nº51

4000-334 Porto
(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE

Algures em África
Nowhere in Africa

Realizador: Caroline Link

Com: Juliane Köhler, Lea Kurka, Matthias Habich, Merab Ninidze, Sidede Onyulo, Matthias Habich, Lea Kurka, Karoline Eckertz, Gerd Heinz, Hildegard Schmahl, Maritta Horwarth, Regine Zimmermann

Duração: 141 minutos, COR

Classificação: M/12
Género: Drama
País de Origem: Alemanha
Ano: 2001


SINOPSE


«Algures em África», conta a extraordinária e verídica história de uma família judia que foge do regime nazi em 1938 para uma quinta no interior do Quénia. Abandonando a sua confortável vivência na Alemanha, Walter, a sua mulher Jettel e a filha Regina de 5 anos, têm de superar a dura realidade das suas novas vidas. Enquanto a guerra continua do outro lado do mundo, a relação dos 3 com o estranho ambiente onde vivem começa a complicar-se e os fantasmas da vida que deixaram para trás começam a assombrá-los.

http://cinema.sapo.pt/filme/nowhere-in-africa



“Algures em África”, filme de Caroline Link, galardoado com o Óscar para Melhor Filme Estrangeiro em 2003, é um filme em que a 2ª Guerra Mundial surge como pano de fundo para a história de uma família de judeus que foge para o Quénia à procura da sobrevivência. Essa sobrevivência é conseguida à custa de uma ruptura relativamente ao país de origem, à família e a um certo estar burguês que era então o estar da classe média alta dos judeus que residiam na Alemanha. Resumos à parte, interessa reter que este é um filme que incide os pressupostos sobre as relações humanas, sobretudo as que se desenvolvem entre o casal, Walter e Jettel, cuja identidade é estilhaçada pela viagem, pelo medo, pelo confronto entre o amor instituído e a derradeira revelação e pela comoção sísmica de que a personalidade de cada um dos membros do casal é vítima durante o processo. Além disso, o filme da também realizadora de “Beyond Silence”, de 1998, desenvolve-se ainda em torno da história de uma criança, Regina, filha de Walter e Jettel, que abraça genialmente, desde o início, a sua nova realidade, com ela desenvolvendo uma bonita e enternecedora relação de amizade, cumplicidade e deslumbramento perante a diferença. No entanto, não é por acaso que a menção ao continente africano é feita no título do filme. De facto, é África, e mais precisamente o Quénia, que acaba por constituir a matéria, o suporte da narrativa. Neste filme, o cenário não é apenas o objecto da contextualização, uma vez que a densidade desse cenário é tal que acaba transbordar e inundar a identidade de cada uma das personagens que assim passam a ser apenas o paradoxo que coabita num mundo de estranhos contrastes, numa realidade que apenas é nova para os “estrangeiros” que acabam de chegar. Os ritos, os costumes, o trabalho, a miséria, a aridez e a eterna subalternização do negro são os mesmos de sempre. Mas são sobretudo os olhares, anónimos e complexos, os sorrisos por coisa nenhuma, contemplados, não por acaso, na personagem de Owor, o cozinheiro da família, o amigo secreto de Regina, que neste caso, protagonizam a identidade trágica do eterno continente mal-amado.

“Algures em África” é assim um título feliz porque resume verdadeiramente o conteúdo do filme na medida em que o tema é África e o protagonista esse espaço indefinido habitado pela solidão e pelo acaso que proporciona o encontro pacífico entre dois povos diferentes.

sandra g.d, http://claya.blogspot.com/



Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura


Apoio: Mede Vinagre



CONTAMOS COM A VOSSA PRESENÇA!

Próxima sessão, dia 14 Março 09: O Labirinto do Fauno, de Guillermo Del Toro


www.pintarosete.blogspot.com

http://www.casamorgado.blogspot.com/

Cinemascópio: Novo Ciclo Temático já na próxima 6ª feira – Cinema Em Tempo de Verao – em Agosto no Mede Vinagre





Caros Amigos,

Na próxima 6ª feira, dia 7 de Agosto, o Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos inicia um novo Ciclo, Cinema em Tempo de Verao.

Durante o mes de Agosto, o Cinemascopio funcionara em novo local, o

Mede Vinagre

Rua Morgado de Mateus, n.51

http://www.casamorgado.blogspot.com/




Será então esta a programação para o mês de Agosto de 2009:





Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Cinema em Tempo de Verão

Agosto 2009

ENTRADA LIVRE




1º- Algures em África, de Caroline Link (07/08)



2º - O Labirinto do Fauno, de Guillermo Del Toro (14/08)



3º - Água, de Deepa Mehta (21/08)



4º - O Véu Pintado, de John Curran (28/08)



Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura



Apoio: Mede Vinagre



CONTAMOS COM A VOSSA PRESENÇA!



pintar.sete@gmail.com



http://www.casamorgado.blogspot.com/