quarta-feira, 28 de abril de 2010

Cinemascópio: Ciclo "Nos Quatro Cantos De Mim" - Sexta-feira, 30 de Abril: "APOCALYPSE NOW" de Francis Ford Coppola



CINEMASCÓPIO - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo - Nos Quatro Cantos De Mim

Sessão - SEXTA-FEIRA, 30 DE ABRIL 2010 - 22H00

Maria Vai Com As Outras
Rua do Almada, 443
Porto

ENTRADA LIVRE

APOCALYPSE NOW

Realizador: Francis Ford Coppola

Elenco: Marlon Brando, Martin Sheen, Robert Duvall, Laurence Fishburne, Denis Hopper, Harrison Ford

Duração: 150 (aprox)

Género: Guerra, Acção, Drama

Idade: M/16

País: E.U.A.

Ano: 1979

Sinopse
:
Através da loucura da Guerra do Vietname, o realizador oferece uma assombrosa visão dos aspectos mais sombrios do espírito humano.
O Tenente Willard (Martin Sheen) recebe ordens para procurar um renegado posto avançado militar, comandado pelo misterioso Coronel Kurtz (Marlon Brando). A missão de Willard é: "Exterminá-lo a qualquer custo". Um dos melhores filmes de todos os tempos, foi nomeado para oito Oscares da Academia, vencendo nas Categorias de Melhor Som e Melhor Fotografia.[...]


http://www.cineteka.com/


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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Cinemascópio: Ciclo Nos Quatro Cantos de Mim - Próxima 6ª feira, 23 de Abril: O Leitor, de Stephen Daldry



Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos



Ciclo Nos Quatro Cantos de Mim



SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 23 Abril.2010 - 22H00




Maria Vai com as Outras

Rua de Almada, nº443

Porto



ENTRADA LIVRE



O Leitor

The Reader



Realizador: Stephen Daldry


Com: Ralph Fiennes, Jeanette Hain, Kate Winslet, David Kross, Bruno Ganz
Duração: 125 min.

Idade: M/16

Género: Drama

País de Origem: ALE/EUA

Ano: 2008, Cor



SINOPSE

No final da Segunda Guerra Mundial, o jovem Michael Berg adoece e é tratado por uma bela e misteriosa mulher mais velha, Hanna (Kate Winslet). Quando os dois se reencontram, apaixonam-se e a relação intensifica-se à medida que Michael lê para Hanna obras clássicas. Mas Hanna volta a desaparecer. Oito anos depois, Michael (Ralph Fiennes) é aluno de Direito e acompanha os julgamentos dos crimes de guerra cometidos pelos nazis. É aí que descobre que a mulher que tanto amou escondia segredos que afectarão por completo a vida de ambos.

http://cinecartaz.publico.clix.pt/filme.asp?id=221930



O Leitor
Equilíbrio precário



Não temos certeza que seja um grande filme, mas sabemos que nos deixa a remoer

Por esta altura, já se percebeu como a adaptação por Stephen Daldry ("Billy Elliot", "As Horas") do romance de Bernhard Schlink, milimetricamente programada à distância para fazer boa figura nos Oscares, foi perseguida pela turbulência: Nicole Kidman começou por substituir Kate Winslet, comprometida com "Revolutionary Road", mas saltou fora quando as rodagens de "Austrália" se atrasaram, e Winslet entretanto livre regressou ao filme; o adolescente David Kross, sem experiência de representação, teve de aprender inglês (que não falava) e a produção teve de aguardar que ele chegasse à maioridade legal para arrancar com as filmagens; o director de fotografia Roger Deakins teve de abandonar as rodagens a meio para ir filmar "Dúvida", sendo substituido pelo mestre Chris Menges; os produtores, Anthony Minghella e Sydney Pollack, faleceram durante a produção; Daldry montou o filme a par com os ensaios da sua transposição para a Broadway da versão musical de "Billy Elliot", levando a um choque com os temidos irmãos Weinstein, co-produtores do filme; Scott Rudin, outro dos produtores, retirou o nome do filme na sequência (também aqui) de choques com os Weinstein...



Há um ditado inglês que, traduzido à letra, diz "demasiados cozinheiros estragam o prato", e com tanta confusão e turbulência de produção seria legítimo esperarmos um prato mal amanhado. Mas não foi nada disso que aconteceu: cerebral, meticulosamente pensado até ao ínfimo pormenor, a história do tórrido caso de Verão entre um liceal precoce e uma revisora de autocarros na Alemanha do pós-II Guerra Mundial - e do modo como os segredos do passado nazi vêm alterar "a posteriori" essa experiência - é um filme singularmente perturbante. Não porque haja aqui uma marca de realizador (e não há; antes um certo anonimato de "qualidade britânica") ou interpretações de estarrecer (mesmo que Kate Winslet seja maravilhosa, como sempre, embora no seu caso isso seja o mínimo que se possa esperar). Antes porque Daldry e o seu argumentista, o dramaturgo David Hare, fazem desta história de amor esquiva e profundamente equívoca uma meditação sobre a moral, a justiça, a vergonha, o passado, a História, o dever. Onde nunca nada é o que parece e tudo parece construído sobre areias movediças, numa sucessão de camadas que vão lentamente caindo, como uma flor malsã que só revela a sua natureza profunda depois de desabrochar por completo, mas sem escamotear que o que aqui se joga é, tudo, demasiadamente humano.

Reveladora, a esse nível, é a cena do julgamento em que Winslet faz a pergunta-chave que norteia todo o filme: "o que teria você feito? O que esperava que eu fizesse?" É um momento arrepiante que cristaliza aquilo de que "O Leitor" fala: do equilíbrio precário entre a luz e a escuridão, visto com a frieza decidida e distante do que poderia ser um filme ("tipicamente") alemão (e, de certa maneira, até o é; co-produção alemã, rodada na Alemanha com um elenco onde apenas Winslet, Ralph Fiennes e Lena Olin não são nativos).

Mas essa é apenas mais uma das ilusões de um filme que se esquiva a ser catalogado e está constantemente a mover o terreno debaixo dos pés do seu espectador. Não temos certeza que "O Leitor" seja um grande filme (há um final demasiado "certinho", por exemplo; há um requinte sem esforço que nos pergunta se há aqui de facto mais alguma coisa do que apenas uma adaptação de prestígio de um romance conhecido). Mas sabemos que nos deixa a remoer; e isso já é muito mais do que muitos grandes filmes contemporâneos conseguem.”

Por: Jorge Mourinha (PÚBLICO),
http://cinecartaz.publico.clix.pt/criticas.asp?id=221930&Crid=49&c=5057




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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Cinemascópio: Ciclo Nos Quatro Cantos de Mim – Hoje, 6ª feira: Taxi Driver, de Martin Scorsese

Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Nos Quatro Cantos de Mim

Taxi Driver






SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 16 Abril.2010 - 22H00

Maria Vai com as Outras

Rua de Almada, nº443
Porto

ENTRADA LIVRE



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Próxima sessão, dia 23 Abril 10: O Leitor, de Stephen Daldry


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terça-feira, 13 de abril de 2010

Cinemascópio: Ciclo Nos Quatro Cantos de Mim - Próxima 6ª feira, 16 de Abril: Taxi Driver, de Martin Scorsese




Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Nos Quatro Cantos de Mim

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 16 Abril.2010 - 22H00

Maria Vai com as Outras

Rua de Almada, nº443

Porto

ENTRADA LIVRE

Taxi Driver

Taxi Driver

Realizador: Martin Scorsese

Com: Robert De Niro, Jodie Foster, Albert Brooks, Harvey Keitel, Leonard Harris, Peter Boyle, Cybill Shepherd, Diahnne Abbott, Frank Adu, Gino Ardito, Victor Argo, Garth Avery

Duração: 109 min.

Idade: M/12

Género: Drama

País de Origem: EUA

Ano: 1976, Cor

SINOPSE

Este filme de Martin Scorcese é, sem dúvida, um dos mais aclamados da história do cinema. A acção decorre a altas horas da noite nas ruas de Nova Iorque. Um veterano da guerra do Vietname conduz um táxi e torna-se num homem solitário, cheio de frustrações e que estabelece uma relação com uma prostituta de catorze anos. A vida sórdida que testemunha, levam-no a actuar de forma violenta...

http://www.cineteka.com/index.php?op=Movie&id=010397

Taxi Driver realizado por Martin Scorsese em 1976, é na minha opinião um marco na história do cinema mundial. Travis Bickle (Robert DeNiro) após ter regressado da guerra do Vietname, arranja emprego como taxista de Nova Iorque, cidade que espelha o reflexo da podridão latente numa sociedade heterogénea, desligada e governada por violência e negócios corruptos nas noites escuras, frias e degradadas.
Este filme retrata um estudo convincente e alarmando pela natureza do Vietname que se encontra viva na memória de Travis. Através do panorama que as noites e a sua rotina lhe apresenta vai-se revoltando cada vez mais com o lado degradante de uma cidade das maiores potências mundiais.
Ao longo do filme é intencional a visão crítica de Scorsese e o modo como uma sensação de aperto é transmitida aos espectadores através do protagonista - um veterano que esteve no Vietname a defender algo que acreditava e que após rotinas diárias se ia evaporizando com os sinais claros de uma America quase dissipada pelo vício, violência e prostituição.
A paciência de um homem tem limites e quando a fragilidade humana ultrapassa qualquer tipo de compreensão e tolerância, o ser humano encontra-se prestes a explodir. Esta detonação começa-se a desenhar ao longo do filme, preparando o espectador para um final de acção verdadeiramente intenso. Acompanhado por uma mudança radical de visual, Travis atinge os seus limites esgotando a sua fúria em momentos que até hoje retratam um dos finais mais marcantes da história do cinema de acção.

Taxi Driver não é, contudo, um filme fácil de digerir. A sua brutalidade visual expressa uma realidade perturbadora e por vezes incompreensível, complementado por diversas sequências de planos que permitem uma profundidade ampla no que respeita à sua contemplação visual. Neste filme, assistimos à consagração de um dos melhores actores da actualidade (apesar de ultimamente ter andado "perdido" em filme de géneros bem diferentes...) e ao nascimento de uma grande actriz a desempenhar o papel de uma prostituta.. Jodie Foster (na altura com 14 anos)!
Cru, intenso, brutal.. Taxi Driver foi, é e continuará a ser um verdadeiro ícone na história do cinema mundial!”

http://cinesphere.blogs.sapo.pt/arquivo/982111.html

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Cinemascópio: Ciclo Nos Quatro Cantos de Mim – Hoje, 6ª feira: Cyrano de Bergerac, de Jean-Paul Rappeneau

Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Nos Quatro Cantos de Mim

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 09 Abril.2010 - 22H00

Cyrano de Bergerac







Contamos com a vossa presença hoje à noite, apareçam!

Próxima sessão, dia 16 Abril 10: Taxi Driver, de Martin Scorsese

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cinemascópio: Ciclo Nos Quatro Cantos de Mim - Próxima 6ª feira, 09 de Abril: Cyrano de Bergerac, de Jean-Paul Rappeneau



Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Nos Quatro Cantos de Mim

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 09 Abril.2010 - 22H00


Maria Vai com as Outras
Rua de Almada, nº443
Porto

ENTRADA LIVRE

Cyrano de Bergerac
Cyrano de Bergerac

Realizador:
Jean-Paul Rappenau

Com: Gerard Depardieu, Anne Brochet , Vincent Perez , Jacques Weber, Roland Bertin

Duração: 135 min.
Idade: M/12
Género: Drama , Romance
País de Origem: França
Ano: 1990, Cor

SINOPSE

Cyrano ama desde a infância a sua prima Roxanne, mas nunca teve a coragem de lhe declarar essa paixão. Ele julga-se desfigurado, devido ao seu longo nariz, e admite nunca poder vir a ser amado por uma mulher. Pelo seu lado, Roxanne, que nutre por Cyrano uma enorme simpatia, tem como ideal de homem a beleza e o espírito. Ao conhecer Christian, Roxanne apaixona-se por ele, mas este é tímido e não consegue manter uma relação normal com uma mulher. É então que Cyrano ajuda Christian, escrevendo-lhe longas e belas cartas de amor que vão tornar ainda maior a paixão de Roxanne por Christian. Só que Christian não vai aguentar por muito tempo esta situação e Roxanne vai então descobrir o autor de tão belas cartas de amor...

http://www.mooxuu.com/films/detail/13428/


“Continuando o périplo pessoal pelos cinco filmes que considero como "os filmes da minha vida", e depois de já ter opinado sobre "Drácula de Bram Stocker", eis que me proponho fazê-lo agora sobre este fenomenal filme de Jean-Paul Rappeneau: "Cyrano de Bergerac". Realizado em 1990, "Cyrano de Bergerac" é uma adaptação da peça de Edmond Rostand (1868-1918), dramaturgo e poeta francês, que levou a peça pela primeira vez à cena em 1897 no teatro de la Porte-Saint-Martin em Paris. Edmond Rostand criou esta peça inspirando-se em Savinien Cyrano de Bergerac, nascido em 1619 em Perigod. Conhecido pela sua agressividade, arrogância, fanfarronice e valentia, ficou igualmente famoso pelo comprimento anormal do seu nariz que, como ele próprio afirmava "é uma península". Já depois de ter saído do exército, onde é ferido em combate no cerco de Arras, Cyrano dedica-se às ciências e à literatura. Escreve tragédias, comédias e romances. Orgulhoso, eloquente, livre pensador, era respeitado pela sua elevada inteligência e pelo seu gosto por duelos, a maioria dos quais devido a insultos proferidos ao seu desmesurado nariz. Da obra que deixou, salientam-se duas delas em prosa onde descreve viagens à Lua e ao Sol, ambas publicadas postumamente e que lhe trouxeram fama de visionário, um género de antecessor de Júlio Verne. Por tudo isso, já se pode ver que Cyrano foi uma figura de relevo na cultura francesa e a peça de Rostand serviu para o dar a conhecer ao mundo, tornando o seu nome imortal. Sobre o filme: Antes de focar seja o que for, saliento o facto de o filme ser todo em poesia, ou seja, a estrutura dos diálogos e dos monólogos são construídos em verso, é simplesmente uma poema gigantesco, todo ele meticulosamente construído, onde vão desfilando os personagens e os acontecimentos. Sec. XVIII, Cyrano de Bergerac, poeta e soldado, respeitado por todos e idolatrado por alguns, é um homem triste que disfarça esse sentimento escondendo-se debaixo de uma capa de arrogância, prepotência e valentia. Amando desde a infância a sua prima Roxane, Cyrano não tem coragem para lhe transmitir esse sentimento, essa paixão, devido ao facto de se sentir feio, monstruoso, por causa do seu longo nariz, admitindo também que jamais nenhuma mulher o amará. Por seu lado, Roxane desconhece esse cândido sentimento por parte do seu primo e acaba por se apaixonar pelo jovem Christian de Neuvillette, jovem cadete da mesma companhia de Cyrano, que, ao contrário de Cyrano, era esteticamente perfeito mas tinha uma alma de pedra. Desgostoso e decepcionado, Cyrano acaba por jurar a Roxane interceder por ela junto de Christian e é a cumprir este juramento que Cyrano tem a ideía de ser ele a escrever as cartas de amor em nome de Neuvillette, cartas onde Cyrano, usando a face de outro, expressa todo o amor que lhe vai na alma. Este filme que, recordo, é uma adaptação de uma peça do final do séc. XIX, tem, quanto a mim, uma importante mensagem que, para além de pretender atacar de uma forma mordaz a sociedade da altura e, afirmo eu, ainda tão actual em qualquer sociedade contemporânea, tem também a capacidade de enviar um sinal de esperança. Cyrano é um homem feio. Realmente o seu desproporcional nariz transfigura-lhe a cara. No oposto, surge-nos Christian de Neuvillette que tem tudo o que um galã-parte-corações pode ter: é bonito, charmoso, veste-se bem, é delicado, etc. Aparentemente ninguém pensaria duas vezes na escolha a fazer, no entanto, o feio tinha uma alma bela, sedutora, rica, e apaixonada, enquanto o bonito, não tinha a mínima sensibilidade para entender o coração feminino, não sabia dizer a mínima palavra sobre o amor. No filme essa questão é constantemente sublinhada. A beleza exterior de Christian seduzia Roxane, mas era a alma e a inteligência de Cyrano que emanava das cartas que ela amava. Algo que também nos é transmitido, é o facto de todos nós nos considerarmos, de uma forma ou de outra, imperfeitos, até mesmo inaceitáveis, um género de patinho feio. No entanto, e é belo verificá-lo no filme, que em qualquer patinho feio existe sempre um lado de cisne pronto a despertar, todos nós temos um lado de Cyrano. Quanto às interpretações, quero apenas focar as de Gerard Depardieu (Cyrano) e de Anne Brochet (Roxane). São simplesmente fantásticos! Depardieu é credível, apaixonado, arrebatador. Um poeta que dedica a sua vida à alma amada, elevando a sua personagem ao zénite da perfeição. Anne Brochet consegue agarrar muito bem a personagem de Roxane. Ela é quente, sensual, apaixonada e sonhadora, afirmando a certa altura sobre os belos versos de Cyrano: "As palavras são raios e sinto-me encadeada". Para finalizar: Um filme que ainda me faz sonhar e meditar. Será ainda possível haver quem se apaixone apenas bela beleza exterior (sei que há)? E, por outro lado, será possível haver paixão, amor, por uma pessoa sem que lhe vejamos a aparência exterior? Será possível conquistar o coração de alguém sem lhe revelar o rosto e o que poderá acontecer quando a pessoa percebe que está apaixonada por alguém que considera fantástico, mas cuja aparência física não é aquela que ela imaginava? Não é simples responder a estas questões, mas o filmes coloca-as e não escondo que são precisamente algumas delas que mais me fazem pensar. Mais oui, c'est là, je vous le dis, Que l'on va m'envoyer faire mon paradis. Plus d'une âme que j'aime y doit être exilée, Et je retrouverai Socrate et Galilée ! Mais que diable allait-il faire, Mais que diable allait-il faire en cette galère ?... Philosophe, physicien, Rimeur, bretteur, musicien, Et voyageur aérien, Grand risposteur du tac au tac, Amant aussi -- pas pour son bien ! -- Ci-gît Hercule-Savinien De Cyrano de Bergerac Qui fut tout, et qui ne fut rien. ... Mais je m'en vais, pardon, je ne peux faire attendre Vous voyez, le rayon de lune vient me prendre ! Il est retombé assis, les pleurs de Roxane le rappellent à la réalité, il la regarde, et caressant ses voiles Je ne veux pas que vous pleuriez moins ce charmant, Ce bon, ce beau Christian ; mais je veux seulement Que lorsque le grand froid aura pris mes vertèbres, Vous donniez un sens double à ces voiles funèbres, Et que son deuil sur vous devienne un peu mon deuil. TRADUÇÃO Mas sim, é lá, que vos digo, que me vai enviar para fazer o meu paraíso. Mais de uma alma que amo devem lá estar exiladas, e reencontrarei Sócrates e Galileu! Mas que diabo ia fazer, mas que diabo ia fazer neste mar?... Filósofo, físico, Poeta, espadachim, músico e viajante aéreo, amigo de responder a desafios, amante também – não para seu bem! Aqui está Hercule-Savinien de Cyrano de Bergerac que tudo foi e não foi nada. ... Mas vou-me, perdão, não posso fazer esperar Vê-de, o raio de Lua vem buscar-me! Caíu sentado, as lágrimas de Roxane recordam-no à realidade, olha-o, e acariciando os seus véus, não quero que chorem menos este encantador , é bom, o belo Christian; mas quero apenas quando o grande frio tomar as minhas vértebras, dêem um sentido duplo a estes véus fúnebres, e que o seu leito se torne um pouco o meu leito.”

Iceman,
http://pt.livra.com/item/cyrano-de-bergerac/8984857/




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terça-feira, 6 de abril de 2010

Cinemascópio: Novo Ciclo Temático em Abril 2010: Nos Quatro Cantos de Mim





Caros Amigos,

Na próxima 6ª feira, dia 9 de Abril, o Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos inicia um novo Ciclo, Nos Quatro Cantos de Mim.

Será então esta a programação para o mês de Abril de 2010:

Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Nos Quatro Cantos de Mim

Abril 2010

ENTRADA LIVRE


1º- Cyrano de Bergerac, de Jean-Paul Rappeneau (09/04)

2º - Taxi Driver, de Martin Scorsese (16/04)

3º - O Leitor, de Stephen Daldry (23/04)

4º - Apocalypse Now, de Francis Ford Copolla (30/04)


No

Maria Vai Com as Outras
Rua do Almada, nº 443 Porto

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Próxima sessão, dia 09 Abril 2010: Cyrano de Bergerac, de Jean-Paul Rappeneau


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