sexta-feira, 29 de maio de 2009

Cinemascópio: Intervalo Animado – Hoje, 6ªf: O Cão, o General e os Pássaros, de Francis Nielsen



Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Intervalo Animado



SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 29 Maio.2009 - 21H45

A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural
Rua de Morgado de Mateus, nº41
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE

O Cão, o General e os Pássaros
Le Chien, Le Général et Les Oiseaux

Realizador: Francis Nielsen
Argumento: Tonino Guerra
Com: Michel Elias, Philippe Noiret (Vozes)
Duração: 75 minutos, Cor
Classificação: M/6
Género: Animação
País de Origem: França / Itália
Ano: 2003




Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura

Apoio: A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural

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Próxima sessão, dia 05 Junho 09:Mon Oncle / O meu Tio, de Jacques Tati



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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Cinemascópio: Intervalo Animado - Próxima 6ªf, 29 Maio: O Cão, o General e os Pássaros, de Francis Nielsen


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Intervalo Animado

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 29 Maio.2009 - 21H45


A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural
Rua de Morgado de Mateus, nº41
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE

O Cão, o General e os Pássaros
Le Chien, Le Général et Les Oiseaux

Realizador: Francis Nielsen
Argumento: Tonino Guerra
Com: Michel Elias, Philippe Noiret (Vozes)
Duração: 75 minutos, Cor
Classificação: M/6
Género: Animação
País de Origem: França / Itália
Ano: 2003

SINOPSE

“Uma fábula onde a velhice encontra a infância. A não perder.
-Francisco Ferreira, Expresso
Um encantamento, com laivos chagalianos.
-Michel Roudévitch, Libération

Há muito muito tempo, um jovem general russo sacrificou os pássaros para incendiar Moscovo e salvar o seu país da invasão napoleónica. Tornou-se um herói nacional. Mas, na reforma que goza em São Petersburgo onde vive só e aborrecido, o general não consegue ter descanso, perseguido e assombrado pela memória dos pássaros em chamas. Felizmente, o acaso faz com que se cruze no seu caminho com um cão extraordinário que vai transformar os seus pesadelos em sonhos mágicos, cheios de humor e poesia. Ele adopta-o e dá-lhe o nome de Bonaparte, em memória do seu velho inimigo. Juntos vão travar uma batalha original mas delicada. Um dia, todos os cães da cidade abandonam os donos para se juntarem no lago gelado num protesto que visa a libertação de todos os pássaros que estão presos em gaiolas. Os habitantes da cidade, surpreendidos, interrogam-se o que estará à frente de tal protesto, mas começam rapidamente a inquietar-se porque a Primavera se aproxima. O gelo ameaça começar a quebrar e os cães podem afogar-se. É então a vez de o general vir em seu socorro e esse gesto será o seu combate mais nobre: um combate comovente, poético, que os livros de História parecem ter esquecido... “

http://www.dvdpt.com/o/o_cao_o_general_e_os_passaros.php




“Entrevista - Tonino Guerra
Como nasceu o projecto de O Cão, o General e os Pássaros?
Há alguns anos, tive um amigo estudante russo. Um dia, ele contou-me uma série de curiosidades e anedotas sobre São Petersburgo, histórias sobretudo dos séculos XVIII e XIX. Fiquei particularmente sensibilizado por uma dessas histórias, que me pareceu maravilhosa e fantástica ao mesmo tempo. Ela dizia respeito a um cão que, com a ajuda de um general, lutou pela libertação de todos os pássaros presos em gaiolas. A partir desse momento comecei a escrever esta história. Primeiro escrevi um livro chamado "O General e Bonaparte". É a mesma história dos desenhos animados. Talvez um pouco mais aprofundada, mas a história é a mesma. Pensei rapidamente que o general seria um desses generais que tinham incendiado Moscovo durante a batalha com Bonaparte. Utilizou para isso os pássaros, incendiando-lhes as asas. E por causa disso os pássaros ficaram a odiá-lo. Muitos anos mais tarde, quando envelheceu e vive só com a lembrança da mulher já desaparecida, adopta um cão. E com ele decide libertar todos os pássaros. Através de tudo isto, o que me parecia mais importante transmitir às crianças era a ideia de liberdade. Fazer com que as crianças compreendam que os animais precisam de liberdade.
Como lhe ocorreu fazer um filme animado?
No início, comecei por trabalhar com um grande mestre da animação russa Andreï Khrajanovski com o qual já tinha colaborado em dois filmes, adaptados de desenhos de Federico Fellini. Depois, por causa de vários motivos de produção, o projecto acabou por ir parar a França e ser confiado a Francis Nielsen.
Como foi a passagem do livro ao ecrã...
O livro que tinha escrito era diferente. Tinha mais diálogos, por exemplo. Era necessário partir do princípio que agora a imagem seria mais importante que as palavras, que eram as imagens que iam contar a história. Mas ao mesmo tempo, e isso é uma coisa que tenho sempre em mente quando escrevo um argumento, tinha de manter uma estrutura sólida. O livro é muito mais longo. A sua adaptação teria dado origem a um filme de quase quatro horas. Foi por isso preciso reduzir, simplificar, mas sem tocar no esqueleto da história que permaneceu o mesmo.
Qual foi a especificidade da escrita para desenhos animados?
Trabalhei em quatro ocasiões para animações. E de todas as vezes pensei que é necessário ter muito cuidado com os diálogos. É muito difícil fazer diálogos para um desenho animado.
Neste filme, logo desde o momento da adaptação, que quisemos uma técnica mais simples, mais poética, menos perfeita. Há erros, mas são, na minha opinião, os mesmos da imaginação infantil. A perfeição chateia-me, irrita-me mesmo (risos). Como a do cinema americano, por exemplo. Preocupei-me muito mais com a busca das emoções que preenchiam a minha imaginação quando era criança.
A que se refere quando fala de erros?
Acho que é na não perfeição que se aloja a poesia. Penso frequentemente na citação de um monge chinês do século X que dizia mais ou menos isto: é preciso fazer coisas que ultrapassem a perfeição banal. A nossa preocupação neste filme não era que as personagens funcionassem bem ou parecessem verdadeiros. Não, são personagens de fábulas. Passeiam-se no ar. Não estão na terra. Passeiam-se na memória dos espectadores. Acho que é assim que nos podemos identificar com os heróis desta história. A fábula constrói-se à volta do erro. Ou seja, na minha opinião, ela exprime essa ruptura com a realidade. A fábula é o meio de reencontrar a poesia da infância. Uma forma de recriar o real mas imperfeita. E, ao mesmo tempo, a doçura do filme vem desta distância da realização com a técnica absoluta.
Conhece bem a obra de Sergueï Barkhin com o qual já trabalhou. Como caracterizaria o seu estilo?
Os desenhos de Barkhin são formidáveis. Ele está longe da realidade. Há qualquer coisa nas suas obras que tem o traço do teatro. Ele é como eu, gosta do erro. A sua realidade é por um lado mais real que a realidade e ao mesmo tempo mais afastada. Os seus desenhos têm imensa força. Vejo neles pensamentos, pontos de vista, que funcionam para além do enquadramento do desenho.
Como decorreu a vossa colaboração?
À partida já existia uma grande cumplicidade. Eu gosto do que ele faz e ele aprecia o meu trabalho. Falámos muito sobre este filme. No início, escrevi-o para Mastroianni. E para a edição do livro, os desenhos de Barkhin inspiraram-se no rosto de Marcello mais velho. Eu e Barkhin chegámos mesmo a pensar incluir momentos em que Mastroianni interpretasse o general. E nos primeiros esboços, o general tinha os traços desse imenso actor.
Depois trabalhou com Francis Nielsen. Como é que interveio na realização global do projecto?
Discutimos sobretudo no momento da montagem. Aconselhei-o a prolongar algumas cenas, a dividir ao meio a cena da batalha. Este filme - e isso é normal - é diferente do argumento e do que eu tinha imaginado inicialmente. Por isso falávamos todos os dias, tentando coisas diferentes e trabalhando também com a música, assinada pelo meu filho. E tudo acabou por ficar no lugar.”

http://www.atalantafilmes.pt/2004/ocaoogeneraleospassaros/


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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Cinemascópio: Ciclo O Resto é Silêncio - Próxima 6ªf, 22 Maio: Match Point, de Woody Allen


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo O Resto é Silêncio


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 22 Maio.2009 - 21H45

A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural
Rua de Morgado de Mateus, nº41
4000-334 Porto

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ENTRADA LIVRE

Match Point
Match Point

Realizador: Woody Allen
Com: Scarlett Johansson, Jonathan Rhys-Meyers, Emily Mortimer
Duração: 124 minutos, Cor
Classificação: M/12
Género: Drama, Thriller
País de Origem: Grã - Bretanha
Ano: 2005

SINOPSE
“Este filme de Woody Allen não tem Woody Allen como protagonista nem tem Nova Iorque como cenário. Chris é um jovem professor de ténis que sonha pertencer à alta sociedade britânica. Sonho esse que começa a tomar forma quando um dos seus alunos, Tom, o apresenta à família, aos pais e à irmã, que ficam fascinados com o seu gosto pela ópera e pelas artes. Mas Chris pode cair em tentação com a bela namorada também plebeia de Tom, uma americana aspirante a actriz que transpira sensualidade. Entre as duas mulheres, Chris terá de recorrer a medidas extremas para não perder tudo o que construiu.“

http://cinecartaz.publico.clix.pt/filme.asp?id=143780



Match Point
Amor e morte


Repare-se bem, dizem alguns, este é o filme em que Woody Allen troca o habitual e saltitante jazz dos anos 20/30/40, na sua banda sonora, pelos lamentos e prenúncios da ópera.
Este é o filme que, ao contrário dos outros, que acabam quase milimetricamente quando o relógio bate a hora e meia, chega, e até as ultrapassa, às 2 horas.
Ou ainda, este é o filme em que...
Deixando para trás o que pode haver de anedótico na inventariação (ainda por cima tudo isto deve ser sujeito a confirmação...), com isto quer enfatizar-se o seguinte: que "Match Point" é coisa de uma relevância "diferente" a surgir na obra de um cineasta que no dia 1 de Dezembro de 2006 fará 70 anos; de um cineasta que em tempos já foi ícone cultural nova-iorquino (e não só...), estatuto que já viu melhores dias; de um cineasta que praticamente está reduzido a um nicho cada vez mais pequeno de público nos seus Estados Unidos ("Ana e as Suas Irmãs", de 1986, continua a ser o seu maior sucesso - 40 milhões de dólares nas bilheteiras, mas com dificuldade um filme de Allen chega hoje aos 5 milhões), onde nem a crítica, nem mesmo a nova-iorquina que fez desde o início o trabalho de recepção à obra, lhe continua a ser fiel (até na Europa já há desistentes); finalmente, de um cineasta a quem os estúdios americanos antes se limitavam a dizer "sim" sem sequer abrir as páginas do argumento, mas que hoje se tornaram frios, demasiado frios (para além de já quererem ler o argumento), que Woody Allen teve de se "exilar" na Europa - "Match Point" é um filme londrino, e seguir-se-á outro, "Scoop", já realizado na capital britânica.
"Match Point" é uma coisa diferente num contexto de rotina, de inconsequência e até de alguma irrelevância que tem sido a obra de Woody Allen do final dos anos 90 até agora. Para pôr os pontos nos is: o último grande filme do cineasta, "As Faces de Harry", data de 1997; o filme anterior a "Match Point", "Melinda e Melinda" (2004), é um dos seus pontos mais baixos.
Razões para a queda? O crítico Peter Biskind, analisa-as num notável perfil do realizador que fez para a revista "Vanity Fair", e faz sentido resumir aqui e assim: o "caso" Mia Farrow, que aconteceu em 1992, não "bateu" logo, claro que não, porque ainda houve o violentíssimo e magnífico "Maridos e Mulheres" e o divertidíssimo "Balas sobre a Broadway"... Se teve consequências imediatas foi para alguns espectadores, que se sentiram "traídos".
Mas a verdade é que foi desgastando progressivamente o homem e a obra, que aos poucos, como se em Woody se revelasse o cansaço emocional da contenda, foi abandonando a "gravitas" do drama e ancorando na rotina - Woody é o primeiro a dizer que a comédia lhe é mais fácil de fazer, ou que a comédia é aquilo que todos esperam que ele faça.
Tudo isto para chegar aqui: "Match Point" é o melhor filme de Woody Allen em uma década.
Revela uma garra de jogo, uma intencionalidade e uma firmeza de passes curtos - isto é, ideias de "mise-en-scène" - que já não se esperava de quem parecia degastado pela rotina. E que não são habituais num cineasta com a idade dele - pensávamos que era isso, a idade, o problema de Allen. Desta vez é a sério. A última vez que Woody Allen não teve medo da gravidade aconteceu com "Crimes e Escapadelas", e isso foi há muito, muito tempo, em 1989.
encontro de iguais. A culpa - desta garra - deve-se também a Londres. Dificilmente na América os labirintos da ascensão e os abismos da queda social seriam assim tão naturais, tão evidentes ou tão marcantes como as redes que delimitam o campo de ténis de um exclusivo clube na capital londrina. E dificilmente marcariam com crispação "Match Point".
É já do lado de lá da rede que começamos por ver Chris (Jonathan Rhys-Meyers). O percurso de ascensão deste instrutor de ténis ainda vai no início. Irlandês, há algo nele de escorregadio, de sinuoso. Inocente ou culpado? Nunca esconde de onde veio: das classes pobres. Mas isso também pode ser uma forma de se proteger em relação a suspeitas sobre o lugar para onde vai: como se quisesse mostrar que não tem nada a esconder.
Portanto, desde o início Chris é inocente e é culpado, simultaneamente (no início vêmo-lo a ler "Crime e Castigo", de Dostoievski - Strindberg também é chamado à citação -, largando o primeiro volume para se precipitar para o segundo, num misto de curiosidade e de antecipação em relação ao seu destino, o que nos deve preparar logo para a coisa tenebrosa que virá mais para o fim).
Nunca suprime os sinais da sua classe, não; mas Chris quer subir. E quando conhece a família Hewett, e os camarotes das óperas, tudo se torna favorável: Chloe Hewett, a filha de família, apaixona-se por ele.
E tudo se complica: Chris conhece, tal e qual um daqueles momentos funestos e fatais de um "film noir" dos anos 40 (mas é a ópera que se vai continuar a ouvir-se), Nola (Scarlett Johansson), americana em Londres, pretendente a actriz, namorada do menino Hewett e, tal como Chris, uma "outsider" - já agora, é um momento de antologia, pelo menos para o álbum de recordações da obra de Scarlett, aquele diálogo sobre jogadas agressivas e sobre quem bate mais forte. E já agora também: a Londres se podem atribuir algumas das "culpas" de "Match Point", mas sem querer inventar uma "musa" onde ela não existe, essas "culpas" têm que ser divididas com Scarlett...
É este encontro de iguais que vai lançar "Match Point" para os abismos do "thriller" moral. Amor e morte, literalmente - antes disso, o sexo, e (tudo isto devia também ser sujeito a confirmação) nunca antes Woody Allen foi assim tão carnal, não há paralelo na sua obra daquele momento dos amantes à chuva.
Mas a questão é esta: Chris é um não-crente e é um niilista. Na obra de Woody Allen lembramo-nos de outro assim, alguém que não acredita numa ordem superior das coisas, nessa coisa chamada moral, e que no caos que é a realidade só conta com uma coisa chamada sorte, e de tudo o resto se desembaraça.
Chamava-se Judah (Martin Landau), e era uma das personagens de "Crimes e Escapadelas", filme de que "Match Point" é uma "versão júnior" (dizemos assim devido à idade dos protagonistas). Pelo menos é uma versão de uma das suas partes, já que se "Crimes e Escapadelas" tinha uma história trágica, a de Martin Landau e Angelica Huston, a amante, também tinha uma história cómica, protagonizada por Allen e Mia Farrow (Uma diferença: "Crimes e Escapadelas" tinha um lado expositivo de "tratado moral"; "Match Point" - sem que a gravidade se desprenda dele, antes pelo contrário - está implicado na ideia de jogo, faceta a que poderíamos chamar lúdica se os mecanismos não fossem aqui tão implacáveis).
Para quem pensa assim, para quem pensa que tudo depende apenas do lado para onde cai a bola quando bate na rede, Nola, o amor, é um embaraço. A ópera vai ouvir-se cada vez mais, Londres vai-se transformar num cenário de papelão, de máscaras, de jogo e de labirintos, de palacetes onde um par faz a sua dança da morte, uma dança que chega a ser desenfreada, que estrebucha, e finalmente pára para sempre, debaixo dos céus cinzentos da culpa (a América não se prestaria a isto desta maneira, e esse é outro dos golpes da intuição de Allen quando, por questões de financiamento, foi obrigado a mudar o projecto da sua cidade para a capital britânica).
Já tínhamos desistido dele, é verdade...”

Por: Vasco Câmara (PÚBLICO)
http://cinecartaz.publico.clix.pt/criticas.asp?id=143780&Crid=3&c=3506


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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Cinemascópio: Ciclo O Resto é Silêncio – Hoje, 6ªf: A Dama de Xangai, de Orson Welles





Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo O Resto é Silêncio


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 15 Maio.2009 - 21H45

A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural
Rua de Morgado de Mateus, nº41
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE


A Dama de Xangai
The Lady from Shanghai

Realizador: Orson Welles
Com: Rita Hayworth, Orson Welles, Everett Sloane, Glenn Anders
Duração: 84 minutos, P/B
Classificação: M/12
Género: Drama, Mistério
País de Origem: EUA
Ano: 1948

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Próxima sessão, dia 22 Maio 09: Match Point, de Woody Allen



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terça-feira, 12 de maio de 2009

Cinemascópio: Ciclo O Resto é Silêncio - Próxima 6ªf, 15 Maio: A Dama de Xangai, de Orson Welles


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo O Resto é Silêncio


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 15 Maio.2009 - 21H45

A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural
Rua de Morgado de Mateus, nº41
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE

A Dama de Xangai
The Lady from Shanghai

Realizador: Orson Welles
Com: Rita Hayworth, Orson Welles, Everett Sloane, Glenn Anders
Duração: 84 minutos, P/B
Classificação: M/12
Género: Drama, Mistério
País de Origem: EUA
Ano: 1948

SINOPSE
“Crimes desconcertantes, fascinantes reviravoltas na história e um notável trabalho de câmara contribuem para este clássico, escrito, realizado e interpretado por Orson Welles. Welles interpreta o papel de um homem inocente, contratado para trabalhar no iate do marido de uma mulher fatal (Rita Hayworth), que se vê envolvido numa perigosa teia de intriga e morte. Sujeito a uma grande controvérsia e escândalo após a sua estreia, A Dama De Xangai chocou os espectadores de 1948 ao apresentar Hayworth com o seu flamejante cabelo ruivo cortado e pintado de louro, cor de champanhe. Cinquenta anos mais tarde, A Dama De Xangai é considerado um Welles de qualidade superior, com o seu famoso final na sala dos espelhos saudado como uma das sequências mais extraordinárias da história do cinema.“

www.blueplanetdvd.com


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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Cinemascópio: Ciclo O Resto é Silêncio – Amanhã, 6ªf: Gosford Park, de Robert Altman





Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo O Resto é Silêncio



SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 08 Maio.2009 - 21H45

A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural
Rua de Morgado de Mateus, nº41
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE

Gosford Park
Gosford Park

Realizador: Robert Altman
Com: Camilla Rutherford, Kristin Scott - Thomas, Maggie Smith, Michael Gambon, Alan Bates, Derek Jacobi, Helen Mirren , Emily Watson

Duração: 145 minutos, Cor
Classificação: M/12
Género: Policial, Comédia
País de Origem: EUA, Reino Unido
Ano: 2001






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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Cinemascópio: Ciclo O Resto é Silêncio - Próxima 6ªf, 08 Maio: Gosford Park, de Robert Altman


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo O Resto é Silêncio




SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 08 Maio.2009 - 21H45



A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural

Rua de Morgado de Mateus, nº41

4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE



Gosford Park

Gosford Park

Realizador: Robert Altman

Com: Camilla Rutherford, Kristin Scott - Thomas, Maggie Smith, Michael Gambon, Alan Bates, Derek Jacobi, Helen Mirren , Emily Watson



Duração: 145 minutos, Cor

Classificação: M/12

Género: Policial, Comédia

País de Origem:
EUA, Reino Unido

Ano:
2001



SINOPSE

“Gosford Park é a magnífica casa de campo onde Sir William McCordle e a sua esposa, Lady Sylvia, reúnem os amigos para uma caçada. O eclético grupo de convidados inclui uma condessa, um herói da Grande Guerra, o ídolo inglês das matinés Ivor Novello e um produtor americano que faz os filmes de Charlie Chan. Enquanto os convidados se reúnem nas luxuosas salas de visita do andar de cima, os seus criados e mordomos particulares juntam-se aos quadros do pessoal da casa nas apinhadas cozinhas e corredores da cave. Mas nem tudo é o que parece: nem nos convidados cobertos de jóias almoçando e jantando a seu belo prazer nem nos quartos do sótão ou nos locais onde os criados trabalham arduamente para o conforto dos seus amos.
Parte comédia de costumes parte policial de mistério, Gosford Park é o retrato dos acontecimentos que vão unir gerações, classes, sexos e trágicas histórias pessoais e que culminam num crime - ou serão dois? “

www.dvdpt.com




Altman: A Realeza "Upstairs", a Criadagem "Downstairs"

Por Vasco Câmara

11.02.2002



"Gosford Park" é o melhor filme de Robert Altman desde "O Jogador"



Lá em cima está a realeza - Maggie Smith, Jeremy Northam, Kristin Scott Thomas, Michael Gambon e outros - cá em baixo a criadagem, sem desprimor para Alan Bates, Derek Jacobi, Helen Mirren ou Emily Watson. Ou seja, e numa rajada de nomes, la créme de la crème dos intérpretes ingleses, divididos entre "upstairs" e "downstairs", uns lordes, duquesas (ou franco-atiradores) e outros mordomos, cozinheiros e criados de quarto - no meio, a passar entre uns e outros, estão uns americanos (não podia deixar de ser), gente de Hollywood que é peixe fora de água onde há etiqueta. Chegaram todos ao countryside inglês, para um fim-de-semana de caça ao faisão. Tudo isto se passa na mansão de milord e mylady, Gosford Park, 1932.

Na verdade, foram lá todos parar por causa de Robert Altman, que reuniu mais um dos seus "castings" à medida de um "who's who" e fez o seu melhor filme (certamente o mais divertido) desde "O Jogador" (1992). Com a exibição de "Gosford Park" (fora de competição) o Festival Berlim ia atribuir, ontem à noite, um Urso de Ouro especial à carreira do cineasta de 76 anos, num momento de renovado prestígio (recebeu o Globo de Ouro para melhor realizador) e em que não dá sinais de querer parar e faz tenções de ser, como escreveu uma revista americana, a Film Comment, "membro - como Rohmer e Oliveira - da irmandade dos ocupados autores octogenários".

É "upstairs" e "downstairs" como na série "A Família Bellamy", em que o mundo lá de cima é visto, comentado - e vivido - pelos lá de baixo; é a rígida etiqueta, as loiças, a prata e o sotaque, como numa produção Merchant /Ivory, em que ser mordomo é todo um estado de espírito (Altman não fez por menos, e contratou um mordomo, uma cozinheira e uma criada de quarto dos anos 30 para garantirem a autenticidade). Há um crime, é certo, mas também isso não é novo, porque é o que acontece num qualquer romance de Agatha Christie. Mas é por isso que Altman se desinteressa rapidamente de quem matou, e o espectador que chegou ao fim satisfeito com o amargo divertimento, não deixará de concordar com ele: "Não é um filme sobre 'quem matou?', é um filme sobre 'quero lá saber quem matou!' porque, afinal, mataram todos".

Começa aqui a particularidade de "Gosford Park", o "Altman's touch", esse desgosto, mais ou menos sacudido com sarcasmo, pela natureza humana (Altman cita "A Regra do Jogo", de Renoir, em que a classe dominante se juntava também para uma caçada, mas os raios do humanismo do francês penetravam sempre as nuvens de cataclismo, ao passo que o americano não é propriamente um humanista).

A câmara rodopia então pelas fraquezas de patrões e servos, e estes não são melhores do que aqueles - repetem os "vícios" dos outros, e até mostram que sabem melhor a lição. Não é uma câmara, aliás, são duas, para apanhar o turbilhão de diálogos e personagens e envolver o espectador no meio deles, em vez de os servir na bandeja do "filme de época". Ao contrário do que acontece muitas vezes no cinema de Altman, são muitos actores mas não são apenas uma soma de pequenos "números" para justificar a participação. Há uma justeza de tom e um equilíbrio entre o maior protagonismo de uns (como Maggie Smith, uma notória "scene stealer" a fazer uma condessa que já teve melhores dias) e o maior decorativismo de outros, porque uma coisa e outra são ditadas pela narrativa e personagens - é dos filmes de Altman com argumento mais definido e denso, e não apenas justificado pelo "vamos juntá-los a ver o que dá" que o realizador adoptou como assinatura. E como só acontece a espaços na obra do cineasta (vem acontecendo mais nos últimos anos - pense-se em "Cookie's Fortune", de 1998 -, deve ser a sabedoria da idade), o sarcasmo, o interesse por fazer a autópsia a um grupo, não tem de ser sinónimo de desprezo pelas personagens.

E para citar a condessa fanada interpretada por Maggie Smith, de facto "a vida no countryside inglês pode ser tão movimentada como Picadilly Circus".

http://dossiers.publico.clix.pt/noticia.aspx?idCanal=356&id=72565





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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Cinemascópio: Ciclo O Resto é Silêncio – Hoje, 6ªf: O Crepúsculo Dos Deuses, de Billy Wilder




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SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 01 Maio.2009 - 21H45

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O Crepúsculo Dos Deuses
Sunset Boulevard

Realizador: Billy Wilder
Com: William Holden, Gloria Swanson, Erich von Stroheim, Nancy Olson, Fred Clark, Lloyd Gough, Jack Webb, Franklyn Farnum, Buster Keaton
Duração: 110 minutos, P/B
Classificação: M/12
Género: Drama, Film-Noir
País de Origem: EUA
Ano: 1950

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