quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Cinemascópio: Alteração do filme para a próxima sessão – Amanhã, 6ª feira, 30 Outubro: O Grande Salto, de Ethan e Joel Coen



Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

ATENÇÃO: Por motivos alheios à nossa vontade (indisponibilidade do filme por parte de quem o cederia para esta sessão), não exibiremos, conforme estava previsto o filme de animação O Castelo Andante, de Hayao Miyazaki. Em sua substituição, exibiremos O Grande Salto, de Ethan e Joel Coen. As nossas desculpas pela alteração, tão súbita e imprevista.

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 30 Outubro.2009 - 21H45

Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)
Rua de Morgado de Mateus, nº51
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)


ENTRADA LIVRE

O Grande Salto
The Hudsucker Proxy

Realizadores: Joel e Ethan Coen
Com: Tim Robbins, Jennifer Jason Leigh, Paul Newman, Charles Durning, John Mahoney, Jim True-Frost, Bill Cobbs, Bruce Campbell, Harry Bugin, John Seitz.
Duração: 111 minutos

Idade: M/12
Género: Comédia
País de Origem: Reino Unido, Alemanha, EUA
Ano: Cor, 1994

SINOPSE

Na sequência do suicídio de Waring Hudsucker, presidente das bem sucedidas Indústrias Hudsucker, a sua equipa de directores chefiada por Sidney Mussburger (Paul Newman) engendra um plano brilhante para ganhar muito dinheiro: Nomear um inapto para gerir a empresa. Quando o valor das acções baixar o suficiente, Sidney e os amigos compram-nas a baixo custo, assumem o controlo da empresa e recuperam as suas respectivas fortunas. Para tal, escolhem o idealista Norville Barnes (Tim Robbins), que acaba de entrar ao serviço da empresa como distribuidor de correio. Norville é suficientemente nabo para conduzir qualquer empresa à ruína, porém, a situação muda quando a implacável repórter Amy Archer, suspeitando do esquema, inicia uma investigação secreta sobre as Indústrias Hudsucker.

http://cinema.ptgate.pt/filmes/2760



Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura

Apoio: Mede Vinagre



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Próxima sessão, dia 06 Novembro 09:O Meu Irmão é Filho Único, de Daniele Luchetti


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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Cinemascópio: Intervalo Animado - Hoje, 6ª feira: O Grande Salto, de Ethan e Joel Coen




Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 30 Outubro.2009 - 21H45

Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)
Rua de Morgado de Mateus, nº51
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)


ENTRADA LIVRE


O Grande Salto
The Hudsucker Proxy


Realizadores: Joel e Ethan Coen
Com: Tim Robbins, Jennifer Jason Leigh, Paul Newman, Charles Durning, John Mahoney, Jim True-Frost, Bill Cobbs, Bruce Campbell, Harry Bugin, John Seitz.
Duração: 111 minutos

Idade: M/12
Género: Comédia
País de Origem: Reino Unido, Alemanha, EUA
Ano: Côr, 1994

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Cinemascópio: Intervalo Animado - Próxima 6ª feira, 30 Outubro: O Castelo Andante, de Hayao Myizaki



Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Intervalo Animado

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 30 Outubro.2009 - 21H45

Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)
Rua de Morgado de Mateus, nº51
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)


ENTRADA LIVRE

O Castelo Andante
Hauro no Ugoku Shiro
ハウルの動く城
Howl's Moving Castle



Realizador: Hayao Miyazaki
Com:(vozes) Baisho Chieko, Kimura Takuya, Miwa Akihiro, Gashuin Tatsuya, Kamiki Ryunosuke, Kato Haruko, Oizumi Yo, Isaki Mitsunori
Duração: 119 minutos

Idade: M/6
Género: Fantasia/ Animação
País de Origem: Japão
Ano: Côr, 2004

SINOPSE

Uma jovem mulher chamada Sophie é amaldiçoada por uma bruxa e transforma-se numa mulher velha e não é capaz de contar a ninguém a sua situação. Impossibilitada de continuar o seu trabalho na loja da sua mãe, ela vai para o castelo andante do famoso feiticeiro Howl. Sophie fica amiga de Calcifer, o demónio de fogo que governa o castelo e que está ligado a Howl por um contrato, cujos termos Calcifer não pode revelar. Prometem ajudar-se mutuamente. Tal como Calcifer, Howl também pode ver através do feitiço da bruxa e ele e Sophie apaixonam-se.

http://cinema.ptgate.pt/filmes/2760

“"Hauru no Ugoku Shiro" foi produzido pelo Estúdio Ghibli no Japão em 2004. Nos Estados Unidos, esta obra foi rebatizada como "Howl's Moving Castle" e, no Brasil, recebeu o nome de "O Castelo Animado". O autor desta obra é a lenda da animação japonesa, Hayao Miyazaki, que ficou muito conhecido no ocidente através da sua obra, "A Viagem de Chihiro". O filme foi inspirado na história da autora britânica Diana Wynne Jones, conquistou vários prêmios no Japão e, no ocidente, foi o vencedor do prêmio Osella do Festival de Cinema de Veneza em 2004.

A historia do filme é muito rica em significados mas, de uma forma geral, gira em torno da personagem Sophie, uma jovem que trabalha na chapelaria da sua família. Quando a jovem decide visitar a sua irmã no lugar em que esta trabalha, acaba conhecendo no meio do caminho o famoso feiticeiro Howl, que estava sendo perseguido por seres sombrios. Após visitar a sua irmã, Sophie volta para casa, onde acaba sendo apresentada à bruxa da Perdição, que a transforma numa velha de noventa anos, tudo porque a bruxa pensou que Sophie possuía um vínculo com o feiticeiro que mal acabara de conhecer.

Após isso, Sophie decide fugir de sua cidade natal para encontrar um novo lugar para morar e, claro, para que possa encontrar a cura para sua maldição. Depois de muito viajar, acaba por encontrar o castelo mágico andante, onde conhece o demônio Calcifer, o jovem aprendiz de magia Marko, e Howl, o senhor e mestre do castelo.

As cores utilizadas no filme são de uma beleza ímpar, as construções apresentadas nos cenários são dignos de uma obra européia do século XIX. A narrativa é envolta por vários mistérios, os quais, juntamente à sensibilidade e criatividade sem limites em relação ao universo da história e o desenvolvimento dos diferentes personagens ao longo da trama, fazem com que o público fique completamente envolvido até o final do filme.

A trilha sonora foi composta por Joe Hisaishi, um compositor que, apesar dos seus trabalhos independentes, é reconhecido por seus trabalhos no cinema e filmes publicitários. Em animes, este célebre autor-compositor já deu o seu toque em filmes como "Kaze no Tani no Naushika - Nausicaa", "Kiki's Delivery Service", entre outros.

Dentro de "Hauru no Ugoku Shiro", a trilha mostra-se impecável, convidando o público a entrar no universo do filme, dando ao mesmo um tom alegre e, ainda, oferecendo uma maior sensibilidade para o conflito dos personagens e dos diferentes ambientes.

O enredo é marcado por metáforas que abordam o tema da velhice e da guerra. A velhice é apresentada através da personagem Sophie, que acaba percebendo as vantagens e desvantagens da maturidade e, também, que a idade nunca pode servir como forma de fuga para a situação em que vive. Quanto à guerra, esta é mostrada impregnando cada vez mais a vida dos personagens, alterando a dinâmica do seu cotidiano e das suas relações com outras pessoas. É ressaltada no filme a questão da alienação que a guerra gera, onde nem os reinos em luta sabem o porquê desta disputa mas, apesar disto, continuam lutando. Um exemplo de alienação que pode ser percebido no filme, apresenta-se através dos magos que entraram na guerra e perderam a sua essência humana nas batalhas, a ponto de esquecer o que eles já foram um dia.

Howl é uma lenda neste mundo e reconhecido como um dos mais poderosos magos existentes. No entanto, durante o decorrer da história, podemos perceber as suas fragilidades e o seu lado mais humano. Apesar de tudo, continua sendo uma pessoa gentil e pacifista mas, por ter perdido o seu coração, acabou perdendo o seu equilíbrio espiritual, o que faz com que ele, muitas vezes, se perca dentro das batalhas ou na depressão. O fato de ter perdido o seu equilíbrio é um dos motivos para que a sua Mestra, a madame Suliman, queira eliminá-lo, apesar dos sentimentos que tem por este: afinal, ele foi um dos discípulos mais brilhantes que ela já teve.

Mas a personagem que realmente marcou o filme e cativou o coração de todos os espectadores foi Sophie. Apesar de no começo parecer uma jovem de 18 anos sem vida, sem brilho e que acabou sendo transformada em um velha, durante a historia ela vai demonstrando a sua verdadeira força, uma força capaz de vencer o impossível para defender as pessoas à sua volta mas, acima de tudo, de proteger o seu amado.”

fonte animehaus, http://zeronotsukaima.ativo-forum.com/animes-mangas-desenhos-animados-f9/o-castelo-andante-filme-t48.htm

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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Cinemascópio: Ciclo Suspeita em Suspense - Hoje, 6ª feira, 23 Outubro: As Diabólicas, de Henri-Georges Clouzot



Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos



Ciclo Suspeita em Suspense


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 23 Outubro.2009 - 21H45

Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)

Rua de Morgado de Mateus, nº51

4000-334 Porto



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As Diabólicas

Les Diaboliques


Realizador: Henri –Georges Clouzot

Com: Simone Signoret, Véra Clouzot, Paul Meurisse, Charles Vanel, Jean Brochard, Pierre Larquey, Michel Serrault, Thérèse Dorny, Noël Roquevert, Yves-Marie Maurin, Georges Poujouly, Georges Chamarat, Jacques Varennes.

Duração: 112 minutos


Idade: M/16

Género: Thriller / Policial

País de Origem: França

Ano: P/B, 1955





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Cinemascópio: Ciclo Suspeita em Suspense - Próxima 6ª feira, 23 Outubro: As Diabólicas, de Henri-Georges Clouzot



Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Suspeita em Suspense

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 23 Outubro.2009 - 21H45

Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)
Rua de Morgado de Mateus, nº51
4000-334 Porto

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As Diabólicas
Les Diaboliques

Realizador: Henri –Georges Clouzot
Com: Simone Signoret, Véra Clouzot, Paul Meurisse, Charles Vanel, Jean Brochard, Pierre Larquey, Michel Serrault, Thérèse Dorny, Noël Roquevert, Yves-Marie Maurin, Georges Poujouly, Georges Chamarat, Jacques Varennes.
Duração: 112 minutos

Idade: M/16
Género: Thriller / Policial
País de Origem: França
Ano: P/B, 1955

SINOPSE

As Diabólicas é um filme clássico de suspense de um nível raramente alcançado pelos filmes seus contemporâneos. Tendo servido de inspiração ao filme Psycho, entre outros, esta obra tem muitos imitadores, mas poucos pares. Tanto a mulher (Vera Clouzot) de um tirano professor de escola - Delasalle (Paul Meurisse) - de um colégio interno degradado, como a sua amante (Simone Signoret) procuram uma fuga, pois ele maltrata ambas. Elas decidem então unir esforços para assassinar o seu atormentador.
As duas mulheres afogam Delasalle no banho e depois atiram o corpo para uma piscina. Quando a piscina é drenada e nenhum corpo é encontrado, elas começam a preocupar-se. Quando o fato dele é devolvido, limpo, entram em pânico.
Estará ele vivo? Mais alguém saberá? Uma espiral de tensão, urdida com mestria precipita o espectador vertiginosamente para uma conclusão sem paralelo e um final que nunca esquecerá!
Tanto assustador como fascinante, em igual medida, este filme resiste à passagem do tempo e continua a ser um clássico.

http://www.dvdpt.com/a/as_diabolicas.php


“Em 1954, quatro anos antes de Alfred Hitchcok realizar nos Estados Unidos «Vertigo» - A Mulher Que Viveu Duas Vezes - a partir do romance «D'entre les Morts» de Pierre Boileau e Thomas Narcejac, Henri-Georges Clouzot fazia, em França, com Simone Signoret e Véra Clouzot, «Les Diabóliques» - As Diabólicas -, adaptando ao cinema o romance «Celle qui n'était plus» também de Boileau-Narcejac. O tema comum aos dois livros e aos dois filmes é o da «reaparição» de alguém que aparentemente teria morrido.
Tratam-se de histórias de contornos policiais - há sempre um crime ou a vontade de matar alguém, os seus personagens são pessoas presumivelmente «normais», com profissões respeitáveis (professores ou industriais), alguém será logrado na encenação de uma morte... - com um toque de mistérios do Além... Comparar «Les Diabóliques» com «Vertigo» é um exercício interessante para estudiosos do tratamento do argumento cinematográfico em função dos efeitos pretendidos pela «mise en scène», ou seja pelo realizador.
Georges-Henri Clouzot depois de desvendada a intriga termina o seu filme pedindo aos espectadores que não contem aos amigos como é que acaba. «Não sejam diabólicos, não destruam o interesse que os vossos amigos poderão ter em vir ver este filme. Não lhes contem o que viram!» E a verdade é que, sabendo a «história», a visão de «Les Diáboliques» perde quase tudo. Contra o primado do argumento, ergueu Alfred Hitchcock em 1958, com «Vertigo» o primado do cinema e ver e rever «Vertigo» é sempre um prazer mesmo conhecendo a «história» e sabendo como é que tudo vai acabar.
«Les Diaboliques» conta a «história» de Michel Delasalle (Paul Meurisse), o odioso e sádico director de um Colégio, que maltrata quer a mulher, Christina (Véra Clouzot, mulher do realizador) quer a amante, Nicole (Simone Signoret), professora no Instituto Delassale. Christina e Nicole são amigas e combinam entre si o assassinato de Michel. Embebedam-no com uísque envenenado, afogam-no na banheira da casa e arrastam o corpo do seu malfeitor até à piscina, apostando tudo na tese da morte por afogamento depois de uma bebedeira. Só que... no dia seguinte ao crime não há qualquer corpo na piscina. E esvaziada a piscina, o senhor Delasalle continua sem aparecer. É a partir daqui que se desenvolve o processo de explicação do mistério que conduzirá à solução desta história do reino das aparências.(…)»

Leonor Pinhão, www.publico.clix.pt






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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O Amigo que lembramos!

Porque hoje é dia 21 de Outubro
Aniversário de nascimento do Alexandre Bahia!


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Cinemascópio: Ciclo Suspeita em Suspense - Próxima 6ª feira, 16 Outubro: Nada a Esconder, de Michael Haneke


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Suspeita em Suspense


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 16 Outubro.2009 - 21H45

Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)
Rua de Morgado de Mateus, nº51
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Nada a Esconder
Caché

Realizador: Michael Haneke
Com: Daniel Auteuil, Juliette Binoche, Maurice Benichou, Annie Girardot
Duração: 114 minutos

Idade: M/16
Género: Thriller / Drama
País de Origem: França/Áustria/Alemanha/Itália
Ano: Cor, 2005

SINOPSE

Georges, apresentador de um programa televisivo de crítica literária, recebe pacotes contendo vídeos dele próprio com a sua família - filmados secretamente da sua rua - e desenhos alarmantes de significado obscuro. Não faz ideia de quem possa ser o autor. Gradualmente, o material contido nas cassetes torna-se mais pessoal, sugerindo que o remetente conhece Georges há algum tempo. Georges sente a ameaça pairar sobre si e a sua família mas, devido à inexistência de uma ameaça directa, a polícia recusa-se a ajudá-lo.

www.cineteka.com


“O mínimo que se pode dizer sobre [CACHÉ], em português "escondido", título bem mais feliz do que o escolhido, mesmo que repetido ao longo do filme por Daniel Auteuil, é que se trata de um dos melhores thrillers psicológicos dos últimos tempos, uma demonstração de como os mecanismos do medo e da violência funcionam de modo subtil e sublime.
Uma família trivial, ele apresentador de um programa de televisão sobre literatura, ela trabalhando numa editora cujo patrão é amigo do casal e um filho estudante de liceu, vê a sua vida perturbada pela inesperada chegada às suas mãos de cassetes de vídeo acompanhadas de estranhos desenhos, aparentemente infantis.
As cassetes contêm imagens captadas do exterior da sua casa, a invasão da privacidade desencadeia o medo do desconhecido, a suspeita vai-se generalizando, estendendo-se dos amigos do filho aos do casal, nos sonhos do marido despontam fantasmas antigos e perturbadores.
As coisas complicam-se, quando a desconfiança se instala no casal, surge a mentira, sob a pressão do que lhes está a acontecer, o casal parece afastar-se, tornar-se vulnerável.
Daniel Auteuil é Georges, Juliette Binoche é Anne, Annie Girardot interpreta o papel da mãe dele, fundamental no entendimento deste mistério que num encontro psicanalítico o levará e ao espectador até Majid, peça-chave entregue a Maurice Bénichou.
Sem um momento de violência física, sem um relance de sexualidade, o filme de Haneke é percorrido por uma tensão psicológica lançada aos olhos e ouvidos do espectador com grande mestria e mantida sem hesitações até ao plano final que nos deixa sem sabermos se será a realidade do filme, a visão subjectiva de uma personagem, as imagens de mais uma cassete a enviar a alguém, depois da imagem escurecer e as luzes se acenderem na sala de cinema.
Distinguido em Cannes com os prémios para melhor realizador, FIPRESCI e do Júri Ecuménico, e nos Prémios de Cinema Europeu nas categorias e melhores actor, realização, montagem e filme, para NADA A ESCONDER, de Michael Haneke, com Daniel Auteuil e Juliette Binoche, 4 écrans, filme decididamente a ver.”

Falco Fernandes, http://www.fm-media.net/news02/1085.htm


“Este texto foi publicado na revista «6ª», do «Diário de Notícias» (13 Jan. 2006), com o título `A doença das imagens`.

O novo filme de Michael Haneke, «Nada a Esconder», é um conto moderno sobre a vida das imagens, uma espécie de fábula assombrada sobre o poder daquilo que as imagens mostram e, sobretudo, do modo como o mostram. Bastará recordar o seu ponto de partida para nos apercebermos da inquietação que o atravessa: esta é a história de um casal, Georges e Anne Laurent (Daniel Auteuil/Juliette Binoche), que começa a receber cassetes de vídeo anónimas onde descobre imagens de si próprio, no dia a dia… Trata-se de um processo aparentemente chantagista, tanto mais perturbante quanto se começa a cruzar com algumas memórias traumáticas da infância de Georges.

Em todo o caso, não se julgue que o dispositivo montado por Haneke se reduz a uma lógica tradicionalmente policial. Ou seja: a eventual identificação dos responsáveis pelas imagens não basta para colocar um ponto final no drama do casal. Porquê? Porque aquilo que Haneke filma é um modo de vida em que as imagens, mais do que um “duplo” da realidade, passaram a existir como uma nova realidade, fortíssima e incontornável, enredada em todas as componentes da nossa existência.

Há, aliás, na definição do casal Laurent uma curiosa “oposição” que, num cinema tão preciso com os detalhes como é o de Haneke, está longe de ser indiferente. Assim, ambos trabalham com livros, mas ela fá-lo numa editora, enquanto ele apresenta um programa de divulgação na televisão. Quer isto dizer que Georges e Anne são personagens em trânsito entre a herança de um conhecimento predominantemente literário e a realidade triunfante de uma cultura dominada pelas imagens, ou melhor, pela gigantesca multiplicação dos respectivos circuitos de difusão. Daí o mal-estar que vai crescendo: as imagens que recebem são a prova real da sua vulnerabilidade, já que instalam no quotidiano, não o delírio canónico da ficção romanesca, mas uma espécie de hiper-realismo doentio que corrói todas as relações.

Daí também a infelicidade da solução adoptada para o título português. É certo que «Nada a Esconder» provém de uma frase dita pela personagem de Georges (que, face ao processo de “vigilância” a que a sua família é sujeita, proclama não ter “nada a esconder”). Mas é um título que inverte por completo a questão fulcral do filme, isto é, a existência de algo ou alguém “escondido” que vai dinamitando toda a estabilidade da vida quotidiana. A opção por «Nada a Esconder» é tanto mais inadequada quanto desmente também o original Caché (=escondido) que, aliás, nos mercados de língua inglesa deu origem à tradução literal «Hidden».

Haneke retoma, aqui, esse sentimento ambivalente que perpassava pelo seu extraordinário «Código Desconhecido» (2000), aliás também com Juliette Binoche. «Código Desconhecido» funcionava como uma metódica inversão do “naturalismo” gratuito da actualidade mediática e televisiva: alguns temas actuais (a violência no quotidiano, a agressão contra as mulheres, a errância europeia dos refugiados) reapareciam em tom de realismo fragmentário, visceral, irredutível. Em «Nada a Esconder», a questão da decomposição da vida privada surge, não como a excepção, mas a regra das sociedades de consumo pós-modernas.

Daí que seja inevitável sublinhar o que, face às ressonâncias “simbólicas” dos filmes de Haneke — lembremos a parábola política de «O Tempo do Lobo» (2002) — tantas vezes tende a ser esquecido. A saber: a espantosa riqueza psicológica do seu cinema. Na verdade, «Nada a Esconder» é também um retrato íntimo, obsessivo até ao pormenor mais delirante, de uma “família-como-as-outras” e da terrível ausência de comunicação que assombra as suas relações interiores. O efeito das cassetes anónimas no dia a dia dos Laurent é tanto mais violento quanto as suas imagens tornam sensível uma teia de solidões que tem o seu cume na personagem cinzenta, inquietante na sua opacidade, do jovem Pierrot (Lester Makedonsky), o filho do casal. Face ao mito das famílias “libertas” pelo bem-estar económico e tecnológico, Haneke contrapõe uma paisagem gélida de seres que, de facto, perderam o gosto, o afecto e até a própria ideia de comunicação.

Estreado no Festival de Cannes de 2005, «Nada a Esconder» (ou, insisto, Caché) é um fabuloso exemplo de um cinema de raiz europeia que possui uma abrangência temática e um sentido de risco que lhe conferem uma automática dimensão universal. Projectado internacionalmente através de «Funny Games» (1997), consagrado através de «A Pianista» (2001), Haneke confirma-se como um dos mais acutilantes retratistas de uma tragédia que o mundo televisivo todos os dias nos oculta: a de uma solidão que julgamos apagada pela simples proliferação das tecnologias de “comunicação”. No limite mais cruel, somos nós que estamos escondidos da nossa própria verdade.”

João Lopes, www.cinema2000.pt




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Próxima sessão, dia 23 Setembro 09:As Diabólicas, de Henri -Georges Clouzot

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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cinemascópio: Ciclo Suspeita em Suspense - Próxima 6ª feira, 09 Outubro: O Estrangeiro, de Orson Welles


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Suspeita em Suspense

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 09 Outubro.2009 - 21H45

Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)
Rua de Morgado de Mateus, nº51
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)


ENTRADA LIVRE


O Estrangeiro
The Stranger

Realizador: Orson Welles
Com: Edward G. Robinson, Orson Welles, Loretta Young, Philip Merivale, Richard Long

Duração: 95 minutos

Idade: M/12
Género: Drama/ Thriller/ Policial
País de Origem: EUA
Ano: P/B, 1946

SINOPSE
Wilson trabalha para a comissão aliada contra os crimes de guerra. Com a intenção de encontrar Franz Kindler, um oficial nazi responsável de ser um dos principais autores do genocídio contra o povo judeu, numa reunião da comissão, Wilson propõe que um associado de Kindler que está preso seja libertado, acreditando que assim este o levará ao paradeiro do primeiro.

É na pacata cidade de Harper, no Connecticut, que a pista termina. Foi aqui que este homem, acusado de ter sido um génio ao serviço do nazismo, encontrou o seu esconderijo e camuflagem perfeitos, integrando-se na melhor sociedade da cidade. Como será que o poderão desmascarar? Será o amor da sua mulher Mary (Loretta Young) suficiente para o salvar?

http://www.costacastelo.pt/main.php?goto=pesquisadvd&pesq=detalhe&id=326




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Próxima sessão, dia 16 Setembro 09:Nada a Esconder, de Michael Haneke

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Cinemascópio: Ciclo Suspeita em Suspense – Amanhã, 6ª feira: Crimes Invisíveis, de Wim Wenders



Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Suspeita em Suspense

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 02 Outubro.2009 - 21H45

no
Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)
Rua de Morgado de Mateus, nº51
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)


ENTRADA LIVRE


Crimes Invisíveis
The End of Violence

Realizador: Wim Wenders
Com: Bill Pullman, Andie MacDowell, Gabriel Byrne, Tracy Lind, Rosalind Chao, Pruitt Taylor Vince, John Diehl, Richard Cummings, Chris Douridas, Nicole Parker

Duração:
122 minutos

Idade: M/12
Género: Drama
País de Origem: EUA
Ano: 1996



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Próxima sessão, dia 09 Setembro 09:O Estrangeiro, de Orson Welles

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Cinemascópio: Ciclo Suspeita em Suspense - Próxima 6ª feira, 02 Outubro: Crimes Invisíveis, de Wim Wenders


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo
Suspeita em Suspense

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 02 Outubro.2009 - 21H45

Mede Vinagre (antiga Casa Morgado)
Rua de Morgado de Mateus, nº51
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)


ENTRADA LIVRE



Crimes Invisíveis
The End of Violence

Realizador: Wim Wenders
Com: Bill Pullman, Andie MacDowell, Gabriel Byrne, Tracy Lind, Rosalind Chao, Pruitt Taylor Vince, John Diehl, Richard Cummings, Chris Douridas, Nicole Parker

Duração: 122 minutos

Idade: M/12
Género: Drama
País de Origem: EUA
Ano: 1996

SINOPSE

O cenário é de Outono em Los Angeles, a capital mundial das imagens, um mundo de glamour, riqueza e intriga sexual. O tema é o cinema como tráfico de imagens e a violência como a matéria de que os filmes são feitos. Porque, para Wenders, há demasiadas morte no cinema.
Um produtor cinematográfico norte-americano que enriqueceu à custa da exploração da violência no grande ecrã, Mike Max (Bill Pulman), está prestes a ser abandonado pela mulher. Entretanto, é raptado com o objectivo de ser assassinado, mas, misteriosamente, consegue fugir e os seus dois raptores são encontrados mortos. Encontrado ferido por uma simpática família de mexicanos que lhe dá guarida, começa a descobrir uma nova identidade. Tenta investigar sobre quem o quis ver morto mas depara-se com informação secreta do Governo sobre um sistema de segurança nacional...
A mulher de Mike, Paige Stockard (Andie McDowell), decepcionada com o marido que não lhe dá atenção, quer pôr termo a um casamento de fachada. Mas quando ele desaparece ocupa o seu lugar na empresa e torna-se ainda mais dura e determinada do que ele próprio.
Um antigo cientista da NASA, brilhante programador informático no activo, Ray Bering (Gabriel Byrne) é contratado pelo FBI para criar um experimental e sofisticado sistema de observação do crime. O objectivo: controlar manifestações de violência na cidade e acabar definitivamente com o crime. Observa a actividade dos cidadãos num muro de televisores, mas só vê aquilo que os seus superiores permitem que veja. No final acaba por descobrir que aquele sistema é tão perigoso como o próprio crime.

www.atalantafilmes.com




Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura

Apoio: Mede Vinagre

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Próxima sessão, dia 09 Setembro 09:O Estrangeiro, de Orson Welles

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Cinemascópio: Novo Ciclo Temático já na próxima 6ª feira – Suspeita em Suspense –no Mede Vinagre





Caros Amigos,

Na próxima 6ª feira, dia 2 de Outubro, o Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos inicia um novo Ciclo, Suspeita em Suspense.

Será então esta a programação para o mês de Outubro de 2009:

Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Suspeita em Suspense

Outubro 2009

ENTRADA LIVRE


1º- Crimes Invisíveis, de Wim Wenders (02/10)

2º - O Estrangeiro, de Orson Welles (09/10)

3º -Nada a Esconder, de Michael Haneke (16/10)

4º - As Diabólicas, de Henri- Georges Clouzot (23/10)

Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura

Apoio: Mede Vinagre

CONTAMOS COM A VOSSA PRESENÇA!

Próxima sessão, dia 02 Outubro 09: Crimes Invisíveis, de Wim Wenders

pintar.sete@gmail.com

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