quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Cinemascópio: Ciclo O Amor, esse Desconhecido - Próxima 6ªf, 02 Janeiro: O Véu Pintado, de John Curran


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos
Ciclo O Amor, esse Desconhecido

SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 02 DEZEMBRO.2008 - 21H45

A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural

Rua de Morgado de Mateus, nº41
4000-334 Porto
(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE


O Véu Pintado
The Painted Viel

Realizador: John Curran
Com: Edward Norton, Naomi Watts, Liev Schreiber, Toby Jones, Anthony Wong Chau-Sang, Diana Rigg

Duração: 125 minutos, COR
Classificação: M/12
Género: Drama
País de Origem: EUA
Ano: 2006

SINOPSE

"O Véu Pintado" é uma história de amor passada nos anos 20, que nos conta a história de um jovem casal britânico: Walter, um médico da classe média, e Kitty, uma mulher da alta sociedade. Casam pelas razões erradas e mudam-se para Xangai, onde ela se apaixona por um outro homem. Quando Walter descobre a traição, aceita, num acto de vingança, um lugar numa aldeia remota da China, devastada por uma mortífera epidemia, e leva-a consigo para a castigar. Mas essa viagem acaba por se tornar libertadora. Baseado no romance clássico de Somerset Maugham, o filme é protagonizado por Edward Norton e Naomi Watts."

PUBLICO.PT

http://cinecartaz.publico.pt/filme.asp?id=161757

“O mais recente filme de John Curran (“We Don`t Live Here Anymore”) começa por nos tirar a respiração com uma paisagem luxuriante, onde um homem e uma mulher se encontram tão distantes um do outro que até os seus silêncios parecem degladiar-se.
Walter Fane (Edward Norton) é um bacteriologista que se apaixona por Kitty (Naomi Watts), uma menina de boas famílias de Londres. O seu apressado casamento deve-se, por um lado, à vontade de Kitty escapar aos julgamentos sociais, em especial aos da sua própria mãe, e, por outro, ao facto de Walter desenvolver o seu trabalho em Xangai. Entre o silêncio da sua vida marital e o tédio social de Xangai, Kitty envolve-se numa relação adúltera com o vice-consul Charles Townsend (Liev Schreiber, companheiro de Naomi Watts na vida real). Quando Walter descobre a traição, a sua frieza faz com que Kitty o culpe de não agir como “um homem a sério”. Mas Walter é bem menos ingénuo que isso, e, como represália, decide mudar-se com Kitty para a remota aldeia de Mei-tan-fu, colocando as vidas de ambos em risco no meio de um surto de cólera. As condições físicas extremas em que se irão encontrar, às quais se acrescentam os tumultos sociais da China dos anos 20, serão o caminho para resolverem as suas emoções.
É neste período de descoberta que se centra “The Painted Veil”, argumento adaptado por Ron Nyswaner do romance de 1925 de W. Somerset Maugham (em 1934, o realizador Richard Boleslawski levou este mesmo livro ao grande ecrã com Greta Garbo e em 1957 foi a vez Ronald Neame fez uma adaptação sob o título “Seventh Sin”). Os eventos históricos que circundam este drama, como o movimento nacionalista de Chiang Kai-shek, são menosprezados a favor das lutas íntimas que os protagonistas disputam entre si, motivados por um egoísmo que reflecte o da própria cultura colonialista. Mas a grande batalha é feita consigo mesmos, dois indíviduos moralmente divididos entre o amor e o dever. Walter é um profissional dedicado, um tímido apaixonado, um marido rancoroso e um homem orgulhoso, que não se perdoa a si mesmo por amar uma mulher superficial. Kitty é mimada, sensual, frágil e corajosa, mas o seu caminho passar por aprender o seu valor como indivíduo num contexto mais alargado que o do seu pequeno mundo.
À frente deste épico emocional estão dois grandes actores (e, neste caso, também produtores), em duas excelentes, subtis e complexas interpretações. Nos secundários, o apoio vem de um Toby Jones de quem ainda não consigo descolar por completo a personagem de Capote, no papel do único vizinho dos Fanes; Anthony Wong Chau-Sang como o duro General Yu; e Diana Rigg (sim, a Emma Peel dos “Vingadores”) como Madre Superiora.
John Curran controla o melodrama, evitando emoções exageradas e mostrando um enorme respeito pelos silêncios (decorados pela fotografia de Stuart Dryburgh). Talvez seja nesse compasso que a gestão temporal se confunde: há uma sensação de que o tempo da acção é bastante mais alargado do que aquele que efectivamente decorre.
É demasiado simples responder que se ama o outro pelas suas qualidades. Afinal de contas os defeitos fazem tanto parte de uma pessoa como as suas virtudes. Talvez não se ame sequer o que se vê, mas sim exactamente aquele invisível que não se espera e, por isso mesmo, não se frustra. “

Rita Almeida
Http://cinerama.blogs.sapo.pt/



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