quinta-feira, 6 de maio de 2010

Cinemascópio: Ciclo "Uma Cidade… Santa como as outras" - Próxima 6ª feira, 07 de Maio: Roma, Cidade Aberta, de Roberto Rosselini



Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Uma Cidade… Santa Como as Outras


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 07 Maio.2010 - 22H00

Maria Vai com as Outras
Rua de Almada, nº443
Porto

ENTRADA LIVRE

Roma, Cidade Aberta
Roma, Città Aperta

Realizador: Roberto Rossellini

Com: Aldo Fabrizi, Anna Magnani, Marcello Pagliero, Vito Annichiarico, Nando Bruno, Harry Feist

Duração: 98 min.
Idade: M/12
Género: Drama
País de Origem: Itália
Ano:1945, P/B

SINOPSE

Roma, 1944. A cidade está ocupada pelos nazis e Giorgio Manfredi, um dos líderes da resistência, é perseguido pela Gestapo. Vai procurar o seu amigo Francesco e pede ajuda a Pina, a noiva deste e ao padre Don Pietro. Este ajuda-o a conseguir uma nova identidade para sair de Roma o mais rapidamente possível e arranja-lhe um lugar para se esconder. No entanto, Manfredi é traído pela sua namorada Marina e é preso pelos nazis...

http://www.dvdpt.com/r/roma_cidade_aberta.php


Em quase todos os manuais de cinema, aponta-se “Roma Cidade Aberta” como o filme pioneiro do neo-realismo. Realizado por Roberto Rosselini em 1945, nos escombros da devastação da Segunda Guerra Mundial, “Roma Cidade Aberta” é um filme tão desconcertadamente imperfeito como a vida. Talvez por isso, a sua marca é tão forte na memória de quem tem, ainda hoje, o prazer de o ver e rever.
Bergman disse um dia que nos filmes de Rosselini “ninguém parecia um actor e ninguém falava como um actor. Havia escuridão e sombras, e às vezes não se ouvia, às vezes nem sequer se via. Mas a vida é assim… nem sempre vemos e ouvimos, mas sabemos, quase para além do que é inteligível, que qualquer coisa está a acontecer. É como se tivessem tirado as paredes das casas e das salas, e pudéssemos ver dentro delas. Mais ainda. É como se estivéssemos ali, envolvidos nos acontecimentos, a chorar e a sangrar por eles.” Em “Roma Cidade Aberta”, verifica-se tudo isto, como se o cinema descesse à rua e num registo tão naturalmente documental aquelas personagens de ficção se tornassem tão profundamente reais como qualquer um de nós, naquelas circunstâncias. O truque estaria, citando o próprio realizador, em “seguir um punhado de ideias básicas e construí-las durante o processo de trabalho, de modo a que as cenas surjam da inspiração directa da realidade”.
Essa inspiração directa da realidade, compreende-se em “Roma Cidade Aberta” como um exercício de busca pela verdade, pelos factos e somente os factos, e pelo drama das suas personagens perante essa realidade dos factos que se assumem na mais estrita verdade. Não há espaço para heróis, apesar da força de duas personagens centrais neste filme: o padre Don Pietro (Aldo Fabrizi) e Pina (Anna Magnani). Ambos, protagonizam essa exacerbação da verdade pela carga simbólica que cada uma dessas personagens acarreta. Ele, um símbolo da coragem e da perseverança na luta contra os ocupantes nazis; ela, a personificação do próprio povo de Roma, subjugado e sofrido pelos efeitos da repressão e da guerra. O sacrifício de ambos, em duas das sequências mais extraordinárias da história do cinema, vinca o poder da imagem em movimento na representação mais absoluta da realidade. “

Publicada por Frederico Bernardino em http://cinemaphotoblog.blogspot.com/2009/11/roma-cidade-aberta-de-roberto-rosselini.html



Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura

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