quarta-feira, 17 de junho de 2009

Cinemascópio: Ciclo Gente, Cidades: Vidas - Próxima 6ªf, 19 Junho: Janela Indiscreta, de Alfred Hitchcock



Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo Gente, Cidades: Vidas


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 19 Junho.2009 - 21H45

A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural

Rua de Morgado de Mateus, nº41
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE

Janela Indiscreta
Rear Window

Realizador: Alfred Hitchcock
Com: James Stewart, Grace Kelly, Wendell Corey, Thelma Ritter, Raymond Burr, Judith Evelyn, Ross Bagdasarian, Georgine Darcy, Sara Berner, Frank Cady, Jesslyn Fax, Rand Harper

Duração: 109 minutos, Cor
Classificação: M/12
Género: Clássico, Crime/Policial, Drama, Romance, Thriller
País de Origem: EUA
Ano: 1954

SINOPSE
Quando o fotógrafo profissional L. B. ´Jeff` Jeffries se vê obrigado a permanecer numa cadeira de rodas com uma perna partida, nasce nele uma obsessão pela observação dos dramas privados dos seus vizinhos do outro lado do pátio. Quando suspeita que um vendedor possa ter assassinado a esposa devido ao seu mau feitio, Jeffries pede ajuda à sua deslumbrante namorada, conhecida nos meios chiques da sociedade, para investigar a cadeia de acontecimentos altamente suspeitos... acontecimentos esses que, em última instância, conduzem a um dos finais mais inesquecíveis e arrebatadores da história do cinema.

http://www.cineteka.com/index.php?op=Movie&id=001909


Janela Indiscreta
O olho mágico de um voyeur profissional


L.B. Jeffries é um fotógrafo reconhecido, mas num acidente de trabalho partiu uma perna e agora está imobilizado. A sua única distracção resume-se a espreitar, pela janela, a vida dos vizinhos. Mas eis que a suspeita de um assassínio no prédio em frente dá início a uma investigação empolgante, onde se questiona o voyeurismo – de Jeffries, do espectador e do próprio Hitchcock
Se espreitar a vida e a intimidade dos outros é algo frequente nos filmes de Alfred Hitchcock, não é menos verdade que o cineasta o faz questionando sempre as intenções e as consequências dessa prática. Até que ponto, afinal, o voyeurismo pode ser um acto inocente, eventualmente solidário, ou um exercício egocêntrico, sem respeito pelo outro? Em Janela Indiscreta/Rear Window (1954), o mestre do suspense põe o dedo na ferida. Hitchcock filma a vida que existe “do outro lado do pátio”, a partir da janela – e também do olhar – do fotógrafo L.B. Jeffries (James Stewart), imobilizado no seu apartamento, com uma perna engessada, por causa de um acidente de trabalho.
“O que se vê na parede do pátio é uma quantidade de pequenas histórias, é o espelho de um pequeno mundo”, disse o realizador para justificar o interesse de Janela Indiscreta, nomeado para o Oscar de melhor realizador, argumento, fotografia e som. (…)
Explica-se (…) que um dos objectivos de Hitchcock em Janela Indiscreta era fazer uma “rodagem subjectiva”, situando o público no “espírito da personagem”. O escritor e biógrafo do cineasta, Bruno Villien, vai mais longe e afirma: “O voyeurismo do público faz eco ao do criador. É, em princípio, o cineasta que espia as suas criações, faz com que estas sofram, filma-as para deleite dos espectadores.”
Inicialmente, Hitchcock tinha a intenção de filmar edifícios reais, mas a má iluminação dos exteriores obrigou-o a rodar o filme num plateau, que incluía os 30 apartamentos que L.B. Jeffries avista da sua janela. Este foi um dos maiores cenários construídos pela Paramount até então e, como realça o realizador francês François Truffaut, serviu para Hitchcock filmar “uma visão desencantada da conciliação entre os sexos”. Enquanto o casal Jeffries e Lisa (interpretada pela actriz fetiche de Hitchcock, a bela Grace Kelly) se debate com diferenças sociais e de carácter, do outro lado do pátio o desentendimento entre um vendedor de amostras e a sua mulher acamada pode ser o motivo para um assassínio...
Janela Indiscreta baseou-se no conto policial It Had to be Murder, do americano Cornell Woolrich. Adaptada para cinema pelo argumentista John Michael Hayes, a história original tinha apenas 40 páginas. Hitchcock resume-a assim: “(...) o assassino, ao sentir-se descoberto, queria matar o herói desde o outro lado do pátio com um revólver. Mas o herói conseguia erguer com o braço um busto de Beethoven, colocando-o de perfil na janela. Era Beethoven quem recebia finalmente o tiro.”
Embora diferente, o final de Janela Indiscreta é igualmente surpreendente. Além do mais, como afirma Truffaut, o que torna este filme especial “não são os horrores que James Stewart avista da sua janela, mas o espectáculo das fraquezas humanas.”

Público, http://static.publico.clix.pt/coleccoes/hitchcock/02_janela.asp

Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura

Apoio: A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural

CONTAMOS COM A VOSSA PRESENÇA!

Próxima sessão, dia 26 Junho 09: Dias da Rádio, de Woody Allen




pintar.sete@gmail.com

www.acadeiradevangogh.blogspot.com

Nenhum comentário: