terça-feira, 20 de novembro de 2007

Álcool

Filme que me marcou pela sua incómoda proximidade foi Leaving Las Vegas. "I came here to drink myself to death" dizia Nicolas Cage. O suicídio pelo álcool. O beber como se não houvesse amanhã.



É uma espiral que nos acompanha os dias. O refúgio na bebida como fuga, como lugar de conforto.
Pegamos no copo e damos o gole. Libertação: o cérebro a expandir-se em leves sorrisos. E queremos mais. Mergulhamos na euforia, na clareza momentânea das ideias. Cedemos a uma preguiça sensual do corpo. O mundo fica mais próximo.
Não estamos mais sozinhos.

E sabe tão bem. Porquê parar?
Perdemo-nos no fundo da noite. Abandonamos o corpo pela escuridão.

Muitos de nós estivemos lá perto. Ao ver o filme, estremeço ao saber o quanto.

2 comentários:

redheadgoodzone disse...

O preço a pagar é muito alto... a "clareza das ideias" é só "momentânea"...
Mas parabéns pela tentativa de justificação artístico-filosófica do jotabêquinze!

Nuno disse...

Johnnie Walker my dear ;)