Há uns tempos ouvi Di Caprio numa conferência de imprensa, a falar de GoodFellas. "É uma comédia" dizia ele com a autoridade que lhe advinha da sua nova companhia. O maestro Scorsese sentava-se ao lado dele na promoção da última parceria feita pelos dois.
GoodFellas é um dos melhores filmes que já foram feitos sobre a Máfia. A acção decorre a um ritmo acelerado, num registo que balança entre o trágico e o... cómico. É quase impossível não gostarmos das personagens enquanto prevemos o seu destino trágico.
A Máfia aqui, com seu glamour, com seu ar cool. A Máfia numa espiral de violência e perdição
Pus aqui uma das minhas cenas preferidas (de todos os filmes que já vi): uma situação cómica que lentamente muda de registo até ao limite. Pesci está demais na sua personagem cabonita e decadente. E Liotta, no timing... Timing em comédia é tudo.
A ver
terça-feira, 30 de outubro de 2007
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Frio, frio
Chegou o Inverno.
Não, não é dia 21. E nem em Dezembro estamos. Mas houve qualquer coisa. Sente-se no ar.
Talvez tenha sido a hora que nos deram. Hora essa que vamos pagar com a má disposição dos dias curtos e com o friozinho que nos entra pelas golas.
Quando forem seis da tarde, já não apetece a rua. Mas também não é bem a casa que queremos. Apetece conforto, o aconchego das coisas mais perto.
À falta de luz e dos fins dos tarde cálidos, queremos o carinho dos tecidos e a proximidade dos espaços.
Esta é a imagem da datcha do Dr. Jivago. Um palacete enregelado, como se fosse feito de açucar. E lá dentro encontramos os objectos frios, pintados de branco. Um pequeno no museu de cristal. O interior de uma casa onde apetece tudo menos entrar.
Mas ficamos a olhar...e pela tela entra-nos uma Rússia romântica, de Inverno, perdida nas estepes. Um espaço sem fim, que encanta e entristece.
Não, não é dia 21. E nem em Dezembro estamos. Mas houve qualquer coisa. Sente-se no ar.
Talvez tenha sido a hora que nos deram. Hora essa que vamos pagar com a má disposição dos dias curtos e com o friozinho que nos entra pelas golas.
Quando forem seis da tarde, já não apetece a rua. Mas também não é bem a casa que queremos. Apetece conforto, o aconchego das coisas mais perto.
À falta de luz e dos fins dos tarde cálidos, queremos o carinho dos tecidos e a proximidade dos espaços.
Esta é a imagem da datcha do Dr. Jivago. Um palacete enregelado, como se fosse feito de açucar. E lá dentro encontramos os objectos frios, pintados de branco. Um pequeno no museu de cristal. O interior de uma casa onde apetece tudo menos entrar.
Mas ficamos a olhar...e pela tela entra-nos uma Rússia romântica, de Inverno, perdida nas estepes. Um espaço sem fim, que encanta e entristece.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Early Morning Lover
"It was an early morning yesterday
I was up before the dawn
And I really have enjoyed my stay
But I must be moving on
Like a king without a castle
Like a queen without a throne
Im an early morning lover
And I must be moving on"
- Supertramp
Hoje está uma manhã perfeita.
Mesmo para quem não gosta do Outono não pode deixar de ficar surpreendido com a luz que o céu apresenta nesta altura: o frio e o orvalho ainda sonolentos da noite anterior acordam neste brilho intenso de um ar puro.
Hoje está uma manhã perfeita.
Bom dia!
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
New York, New York
Este sítio sempre me fascinou.
Nunca lá fui. Mas é a cidade que sempre me preenche o imaginário quando se fala de "cidade". Nova Yorque é a metropole.
É o sítio de todos os encontros, do amontoado das coisas. O sítio onde estamos no tempo.
Há Nova Yorque, e há a imagem de Nova Yorque. E aqui nem sequer me importo com anacronismo da foto. É o skyline perfeito da cidade reflectida em si mesma.
Simetria no centro do mundo.
Como diz o Poeta, tenho sempre saudades dos sítios onde nunca fui.
Nova Yorque deixou então de ser cidade e passou a mito. Tudo isto por causa do cinema, da televisão.
Muitos dos meus filmes, dos meus mundos passaram por aqui. Devo ter percorrido vezes sem conta as ruas de Manhattan e atravessado a Ponte de Brooklyn.
Mas disso falarei mais tarde.
Bons filmes. E bons passeios.
Nunca lá fui. Mas é a cidade que sempre me preenche o imaginário quando se fala de "cidade". Nova Yorque é a metropole.
É o sítio de todos os encontros, do amontoado das coisas. O sítio onde estamos no tempo.
Há Nova Yorque, e há a imagem de Nova Yorque. E aqui nem sequer me importo com anacronismo da foto. É o skyline perfeito da cidade reflectida em si mesma.
Simetria no centro do mundo.
Como diz o Poeta, tenho sempre saudades dos sítios onde nunca fui.
Nova Yorque deixou então de ser cidade e passou a mito. Tudo isto por causa do cinema, da televisão.
Muitos dos meus filmes, dos meus mundos passaram por aqui. Devo ter percorrido vezes sem conta as ruas de Manhattan e atravessado a Ponte de Brooklyn.
Mas disso falarei mais tarde.
Bons filmes. E bons passeios.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Who is the man?
" Who's the black private dick
That's a sex machine to all the chicks?
SHAFT!
Ya damn right!
Who is the man that would risk his neck
For his brother man?
SHAFT!
Can you dig it?
Who's the cat that won't cop out
When there's danger all about?
SHAFT!
Right On!
They say this cat Shaft is a bad mother
SHUT YOUR MOUTH!
I'm talkin' 'bout Shaft.
THEN WE CAN DIG IT!
He's a complicated man
But no one understands him but his woman
JOHN SHAFT!"
That's a sex machine to all the chicks?
SHAFT!
Ya damn right!
Who is the man that would risk his neck
For his brother man?
SHAFT!
Can you dig it?
Who's the cat that won't cop out
When there's danger all about?
SHAFT!
Right On!
They say this cat Shaft is a bad mother
SHUT YOUR MOUTH!
I'm talkin' 'bout Shaft.
THEN WE CAN DIG IT!
He's a complicated man
But no one understands him but his woman
JOHN SHAFT!"
Isaac Hayes e os fabulosos 70's
Leituras à hora da sesta
Quem não tem mais nada que fazer depois do almoço, como é o meu caso, perde tempo a ler coisas na net, em vez de gastar o tempo em coisas mais úteis.
Sendo assim, resolvi fazer um copy-paste de um texto do Pedro Mexia que me pareceu apropriado.
"Não aguento as pessoas que dizem «o cinema é» isto ou «o cinema é» aquilo. Como se os filmes que não coubessem nessa definição não fossem cinema. Talvez sejam acupunctura. Ou andebol.
Persona é grande cinema e Assault on Precint 13 é grande cinema. E não há pessoas mais diferentes do que Bergman e Carpenter. O cinema é o que os cineastas fazem dele."
Sendo assim, resolvi fazer um copy-paste de um texto do Pedro Mexia que me pareceu apropriado.
"Não aguento as pessoas que dizem «o cinema é» isto ou «o cinema é» aquilo. Como se os filmes que não coubessem nessa definição não fossem cinema. Talvez sejam acupunctura. Ou andebol.
Persona é grande cinema e Assault on Precint 13 é grande cinema. E não há pessoas mais diferentes do que Bergman e Carpenter. O cinema é o que os cineastas fazem dele."
DocLisboa, a não perder de vista
Está a decorrer desde o dia 18 e até ao próximo dia 28 de Outubro, o festival de Cinema Documental "DocLisboa".
Muitos dos filmes são imperdíveis, como, numa escolha mais ou menos arbitrária e subjectiva - o melhor é ver o programa e, melhor ainda, se possível, ver os filmes:
• "Taxi to the Dark Side", de Alex Gibney («documentário perturbador sobre aquilo que o governo de Bush designa por "técnicas de interrogação de suspeitos", mas que o realizador e as leis internacionais chamam pelo seu verdadeiro nome: tortura»);
• "Rock Soup", de Lech Kowalski («no final dos anos oitenta, o número de pessoas sem-abrigo a viver nas ruas de Nova Iorque atingia proporções alarmantes. Em 1989, Kowalski passou alguns meses entre os frequentadores de um centro de apoio no Lower East Side, sobre o qual pairava a ameaça de encerramento»);
• "Sicko", de Michael Moore («o novo filme de Michael Moore combina o humor com o horror para denunciar as debilidades do sistema de saúde americano, minado por décadas de subfinanciamento público e pela concorrência dos seguros privados»);
• "Não me Obriguem a Vir para a Rua Gritar", de Rui de Brito («"Eu sou aquilo que fiz." Zeca Afonso deu-nos tanto que agora é a nossa vez de lhe darmos algo. A SubFilmes convidou vários artistas de áreas criativas contemporâneas para criarem uma obra de arte especialmente para Zeca Afonso - um filme, uma música, um desenho, uma animação de motion graphics. Este filme-homenagem revela o quanto este autor está vivo e é referência para as novas gerações»);
• "El Ejido, La Loi du Profit", de Jawad Rhalib («O que acontece aos imigrantes africanos que arriscam a vida para a chegar à Europa atravessando o mar em "pateras" sobrelotadas? El Ejido é um dos primeiros lugares onde vêm parar. Para fazer o que? Trabalhar ilegalmente em estufas de agricultores espanhóis membros de uma associação ultra-legalistas cuja regra é não dar emprego a ilegais»;
• "My Country, My country", de Laura Poitras («nomeado para o Óscar de Melhor Documentário em 2007, "My Country, My Country" não é apenas um filme sobre o estado da democracia iraquiana, mas também é um inquérito sobre a pertinência da política exterior americana. Ao longo de oito meses, a realizadora segue os preparativos para as primeiras eleições no Iraque depois do afastamento de Saddam Hussein»);
• "When the Levees Broke: A Requiem in Four Acts", de Spike Lee («não foi o furacão Katrina que destruiu Nova Orleães: foram os diques, quando cederam à força das águas e inundaram grande parte da cidade. Filmado logo após o desastre, o último filme de Spike Lee é um retrato tocante dos efeitos de uma das piores catástrofes que jamais atingiu os Estados Unidos»);
• "Manufacturing Dissent: Uncovering Michael Moore", de Rick Caine e Debbie Melnyk («Rick Caine e Debbie Melnyk viram o feitiço contra o feiticeiro e transformam o polémico Michael Moore no tema deste documentário. Acompanhando-o após a estreia de "Fahrenheit 9/11" e durante a campanha presidencial americana de 2004, os realizadores que eram autênticos fãs do mais célebre documentarista do planeta, não conseguem chegar a ter uma entrevista com ele. Entrevistam então com antigos colegas e protagonistas dos filmes de Moore para tentar compreender os processos de trabalho de um autor que afinal se mostra tão fugidio como as personagens dos seus filmes»).
Muitos dos filmes são imperdíveis, como, numa escolha mais ou menos arbitrária e subjectiva - o melhor é ver o programa e, melhor ainda, se possível, ver os filmes:
• "Taxi to the Dark Side", de Alex Gibney («documentário perturbador sobre aquilo que o governo de Bush designa por "técnicas de interrogação de suspeitos", mas que o realizador e as leis internacionais chamam pelo seu verdadeiro nome: tortura»);
• "Rock Soup", de Lech Kowalski («no final dos anos oitenta, o número de pessoas sem-abrigo a viver nas ruas de Nova Iorque atingia proporções alarmantes. Em 1989, Kowalski passou alguns meses entre os frequentadores de um centro de apoio no Lower East Side, sobre o qual pairava a ameaça de encerramento»);
• "Sicko", de Michael Moore («o novo filme de Michael Moore combina o humor com o horror para denunciar as debilidades do sistema de saúde americano, minado por décadas de subfinanciamento público e pela concorrência dos seguros privados»);
• "Não me Obriguem a Vir para a Rua Gritar", de Rui de Brito («"Eu sou aquilo que fiz." Zeca Afonso deu-nos tanto que agora é a nossa vez de lhe darmos algo. A SubFilmes convidou vários artistas de áreas criativas contemporâneas para criarem uma obra de arte especialmente para Zeca Afonso - um filme, uma música, um desenho, uma animação de motion graphics. Este filme-homenagem revela o quanto este autor está vivo e é referência para as novas gerações»);
• "El Ejido, La Loi du Profit", de Jawad Rhalib («O que acontece aos imigrantes africanos que arriscam a vida para a chegar à Europa atravessando o mar em "pateras" sobrelotadas? El Ejido é um dos primeiros lugares onde vêm parar. Para fazer o que? Trabalhar ilegalmente em estufas de agricultores espanhóis membros de uma associação ultra-legalistas cuja regra é não dar emprego a ilegais»;
• "My Country, My country", de Laura Poitras («nomeado para o Óscar de Melhor Documentário em 2007, "My Country, My Country" não é apenas um filme sobre o estado da democracia iraquiana, mas também é um inquérito sobre a pertinência da política exterior americana. Ao longo de oito meses, a realizadora segue os preparativos para as primeiras eleições no Iraque depois do afastamento de Saddam Hussein»);
• "When the Levees Broke: A Requiem in Four Acts", de Spike Lee («não foi o furacão Katrina que destruiu Nova Orleães: foram os diques, quando cederam à força das águas e inundaram grande parte da cidade. Filmado logo após o desastre, o último filme de Spike Lee é um retrato tocante dos efeitos de uma das piores catástrofes que jamais atingiu os Estados Unidos»);
• "Manufacturing Dissent: Uncovering Michael Moore", de Rick Caine e Debbie Melnyk («Rick Caine e Debbie Melnyk viram o feitiço contra o feiticeiro e transformam o polémico Michael Moore no tema deste documentário. Acompanhando-o após a estreia de "Fahrenheit 9/11" e durante a campanha presidencial americana de 2004, os realizadores que eram autênticos fãs do mais célebre documentarista do planeta, não conseguem chegar a ter uma entrevista com ele. Entrevistam então com antigos colegas e protagonistas dos filmes de Moore para tentar compreender os processos de trabalho de um autor que afinal se mostra tão fugidio como as personagens dos seus filmes»).
sábado, 20 de outubro de 2007
Daqui a uns anos
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
All right, Mr. De Mille I am ready for my close up
Estou de redea solta e não resisti a partilhar a minha "cena final" preferida. Aquela que me pertuba (desde sempre). Aquela que diz tudo.
O cinema no cinema. Norma Desmond no meio da sua loucura sauda-nos, a nós "those wonderfull people out there in the dark".
Bons filmes. Mais haverão. E outros tantos que serão feitos
O cinema no cinema. Norma Desmond no meio da sua loucura sauda-nos, a nós "those wonderfull people out there in the dark".
Bons filmes. Mais haverão. E outros tantos que serão feitos
Chega de intelectuais...
... e os seus filmes que ninguém quer ver. Historias a preto e branco, que ninguém percebe. Chinezices. E uns tirinhos hã? Umas ceninhas quentes... boas
Bahh
Bahh
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