terça-feira, 7 de abril de 2009

Cinemascópio: Ciclo À Margem Duma Certa Maneira - Próxima 6ªf, 10 Abril: Hiroshima Meu Amor, de Alain Resnais


Cinemascópio - Ciclos de Cinema Temáticos

Ciclo À Margem Duma Certa Maneira


SESSÃO DE SEXTA-FEIRA 10 Abril.2009 - 21H45

A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural
Rua de Morgado de Mateus, nº41
4000-334 Porto

(TOQUEM À CAMPAINHA, PF)

ENTRADA LIVRE

Hiroshima Meu Amor
Hiroshima Mon Amour

Realizador:
Alain Resnais
Com: Emmanuelle Riva, Eiji Okada, Stella Dassas, Pierre Barbaud, Bernard Fresson
Argumento: Marguerite Duras
Duração: 86 minutos, PB
Classificação: M/12
Género: Drama
Países de Origem: França, Japão
Ano: 1959

SINOPSE

“1959. Uma jovem francesa passa a noite com um homem japonês em Hiroshima, onde foi filmar um filme sobre a paz. Apaixonam-se um pelo outro e ele fá-la recordar o primeiro homem que amou, um soldado alemão na sua cidade natal de Nevers durante a segunda guerra mundial. O homem, apaixonado, pede-lhe para não regressar a França e ficar com ele em Hiroshima. Um filme sobre a memória e o esquecimento com diálogos de Marguerite Duras.”

www.dvdpt.com



"O mote para a «Nouvelle Vague» – movimento cinematográfico francês dos finais da década de 50 encetado ferozmente por um grupo de críticos vindos na maior parte da «Cahiers du Cinema», fartos do artificialismo barato de um certo cinema e inspirados por verdadeiros autores, dai a criação da politica dos autores, como Jean Renoir, Orson Welles, Alfred Hitchcock….e muitos outros – foi dado por Jean-Luc Godard com o libertador “O Acossado”, por François Truffaut com o nostálgico “Os Quatrocentos Golpes” e com o mais lírico, o mais desesperadamente belo, poético e um dos filmes mais urgentemente românticos alguma vez realizado: “Hiroshima Meu Amor” de Alan Resnais.

Em Hiroshima um homem e uma mulher perdem-se de amores, ela é actriz, está lá a rodar um filme e partirá para o seu pais no dia seguinte, ele habita em Hiroshima e no dia seguinte nunca mais a verá.
Ela vive em Paris uma vida que não quer viver, ela conta o seu passado até ai aprisionado e insondável ao homem como forma de eternizar um amor condenado, ele não quer continuar a sua rotina de Pai de Família, ele quer largar tudo e ficar com a mulher.

A Mulher é “Nevers”, o Homem é “Hiroshima”, e o filme fica como o canto mais profundo, mais sensível, o mais louco e terminal amor que o movimento libertário francês nos ofereceu no seu período dourado...sobretudo porque a irrisão temporal, narrativa, enfim a sua total liberdade e pureza surge revestida, investida de uma sensação de apocalipse nascente da proeminente impossibilidade de um amor...os sentimentos, os gestos, os olhares, os corpos estão suspensos e assombrados pelo fantasma do fim e do consequente regresso a uma normalidade desprezível.
E o facto de este amor acontecer nesta cidade contamina o filme com uma gravidade simbólica inafastável.

E depois, claro: como nos filmes de Godard, como nos filmes de Truffaut, como nos filmes mais representativos da Nouvelle Vague, onde poderemos incluir Chabrol, Rivette ou Rohmer e outros, sente-se que o que se está a ver e a sentir é inidentificável, híbrido...com a inocência das primeiras vezes.
Hiroshima meu amor têm a beleza assustadora das coisas que não duram...têm a mais bela cena de amor alguma vez filmada, a mais arrepiante voz-off, um final enigmático...Hiroshima meu Amor é o mais belo poema “Nouvellevaguiano”...e é um dos mais apaixonantes objectos artísticos, uma das experiências mais transformadoras alguma vez executadas.

Mas é literalmente uma obra onde as palavras surgirão sempre em perda para a descrever, é um filme para habitar, para nos deixar perder nos seus labirintos na sua vibração interior…”

http://rollcamera.blogspot.com/2005/12/entre-as-imagens-hiroshima-mon-amour.html




Uma iniciativa: Pintar o 7 - Cinema, Cidade, Cultura

Apoio: A Cadeira de Van Gogh - Associação Cultural


CONTAMOS COM A VOSSA PRESENÇA!

Próxima sessão, dia 17 Abril 09: Arizona Dream, de Emir Kusturica



pintar.sete@gmail.com

www.acadeiradevangogh.blogspot.com

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